O 8 de março em Santa Catarina foi um dia de emoção, de troca de energia, de força e de luta. Junto com movimentos sociais, as entidades CUTistas protagonizaram grandes atos por todos os cantos do estado e levaram a reflexão para a sociedade, dos impactos da Reforma da Previdência na vida das mulheres e homens e refletiram sobre a violência física, moral e psicológica que insiste em se fazer presente em nossa sociedade.
“Organizamos atividades em Chapecó, Blumenau, Tubarão, Criciúma, Rio do Sul, Fraiburgo, Florianópolis, Lages, Caçador, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul e Joinville. Juntas com mulheres de vários movimentos, demos mais uma demonstração da unidade das mulheres e que temos folego para barrar as reformas que vem do governo Temer na tentativa de retirada de direitos”, explicou Sueli Sílvia Adriano, Secretaria de Mulheres da CUT-SC. Para ela as atividades do dia 8 de março, são apenas um “start” de todas as mobilizações que virão para barrar o retrocesso.
Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC, ressaltou a participação das entidades CUTistas nas atividades das mulheres. “Não deixamos nenhum espaço em branco, mostramos que as mulheres também estão organizadas e que sabemos dialogar umas com as outras e construir grandes atividades”. Anna destaca a participação dos homens que entenderam a necessidade desse dia de mobilização, marcharam juntos com as mulheres e respeitaram o protagonismo feminino, “quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”!
Região Oeste se levanta em defesa da aposentadoria das mulheres – Chapecó e São Miguel do Oeste fizeram grandes atividades em protesto contra a Reforma da Previdência. A região que tem sua economia voltada para a produção rural, terá reflexos econômicos e sociais negativos caso essa reforma da previdência seja aprovada. Além disso, as mulheres alertam sobre a sucessão das propriedades e dos cultivos rurais, que serão impactados com a nova regra da Reforma da Previdência, que prevê o pagamento do INSS, por parte das agricultoras e agricultores< de forma individual e mensal.
Região Sul vai às ruas dialogar com a população – Tubarão e Criciúma reservaram o dia 8 de março para ir as praças e em frente as agências da Previdência Social, conversar com as trabalhadoras sobre a Reforma da Previdência. Com o Jornal da CUT-SC em mãos, mulheres e homens dirigentes sindicais mostraram os impactos da Reforma da Previdência que prejudica todos e todas, desde o servidor público, até o trabalhador da iniciativa privada, seja através do aumento da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, ou através da contribuição mínima de 49 anos.
Região do Meio Oeste faz história e faz grandes atos de mulheres e homens contra a Reforma da Previdência – Lages, Caçador e Fraiburgo se mobilizaram e foram às ruas em grandes atos denunciar o que essa reforma significa a vida das mulheres e dos homens. Região do estado com grande vulnerabilidade social e altos índices de violência contra as mulheres, o debate trouxe a tona o que os grandes meios de comunicação não informam as trabalhadoras: essa reforma vai trazer mais pobreza para o povo.
Regional Vale ocupou as praças e coloriu de lilás, cor de luta das mulheres – Blumenau e Rio do Sul marcaram o dia das mulheres com rodas de debates e manifestos em praças e em frente as agências do INSS. O debate com as trabalhadoras refletiu sobre a dupla e tripla jornada e os impactos da reforma da Previdência para todas, em especial as professoras e servidoras públicas.
Regional Norte com debate e conscientização das mulheres para lutar pelo direito de se aposentar – Joinville e Jaraguá do Sul foram as ruas, praças e portas de fábricas conversar com as mulheres trabalhadoras sobre o aumento da idade da aposentadoria, o impacto da reforma nos direitos garantidos dentro da Previdência Social e a necessidade de uma reação de todas e todos para barrar o retrocesso.
Regional Florianópolis e a diversidade das mulheres – A capital do estado realizou uma atividade intensa com as mulheres que foi das 6 da amanhã até às 9 da noite. Com muita cultura e energia, durante todo o dia as mulheres que passavam pelo centro da capital puderam parar na Tenda Feminista e conversar sobre os seus direitos. Ao final do evento uma grandiosa marcha foi realizada com homens e mulheres que lutam contra a retirada de direitos.
Fonte: por Sílvia Medeiros / CUT – SC