Organizados pelas principais Centrais Sindicais de Santa Catarina e por mais de 20 Federações, os trabalhadores e trabalhadoras de Santa Catarina construíram uma pauta de reivindicação que será entregue dia 09 de setembro, às 10 horas no Auditório da Fecesc, em Florianópolis.
Com uma economia diversificada o estado de Santa Catarina ocupa posições privilegiadas nos dados econômicos do país. É o 5º estado em termos de PIB per capita, com R$ 26.760,00, o maior dos três estados do Sul e também se destaca no cenário nacional com apenas 3% de desemprego.
Porém, apesar destes dados positivos, o nível de desigualdade no estado ainda é muito profundo. Santa Catarina possui altos índices de trabalho infantil, 18,9% sendo que a média nacional fica em 12,4%. Apresenta recorrentes casos de trabalho escravo, só entre 2006 e 2013 foram mais de 700 trabalhadores/as resgatados, a grande maioria atuando no setor da madeira e da erva-mate. O estado ainda possui um alto índice de trabalhadores afastados por motivos de saúde, 48% maior que a média nacional, em razão da inadequação das condições do trabalho.
Avaliando estes dados e a constante luta dos trabalhadores por melhores políticas públicas, que são os principais usuários dos serviços fornecidos pelo estado, os trabalhadores elaboraram uma Pauta com 14 principais propostas, para as quais se espera pré-disposição ao diálogo e comprometimento por parte do Executivo Estadual.
Entre os catorze pontos elencados como prioridades pelos trabalhadores, estão: política de reajuste anual do Piso Estadual de Salários; investimento nas políticas públicas; valorização do servidor público; incentivo à agricultura familiar; implantação da agenda do trabalho decente; políticas de saúde do trabalhador e de eliminação do trabalho escravo, bem como erradicação do trabalho infantil; reconhecimento das organizações dos trabalhadores e fim da criminalização dos movimentos sociais e sindicais.
O ato contará com a participação de mais de 150 lideranças do movimento sindical catarinense e tem como objetivo apresentar aos candidatos do governo que tem representação na Alesc, os principais pontos de luta da classe trabalhadora catarinense.
Fonte: Silvia Medeiros, CUT-SC
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