O julgamento do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak começou hoje (3) no Cairo, capital do país. Ele renunciou ao cargo no dia 11 de fevereiro, após 18 dias de protestos populares contra o seu governo. O ex-líder egípcio, de 83 anos, permaneceu quase 30 anos no poder.
Mubarak e seus dois filhos se declararam inocentes das acusações de corrupção, de apropriação indébita e de ordenar a morte de manifestantes. Esse último crime pode ser punido com a pena de morte.
O ex-presidente foi levado ao tribunal, na Academia de Polícia, em uma maca. Manifestantes contra e a favor de Mubarak se enfrentaram diante do tribunal.
O ex-presidente egípcio é o primeiro líder árabe a ir a julgamento desde que teve início a onda de protestos populares em diferentes países do Oriente Médio.
Correligionários de Mubarak e ativistas contrários ao seu regime trocaram insultos e lançaram pedras uns contra os outros. Eles tiveram de ser contidos por forças de segurança em frente ao tribunal montado dentro da Academia de Polícia.
O júri estava inicialmente marcado para ocorrer em um centro de convenções na capital egípcia, mas as autoridades mudaram o local do julgamento para um fórum temporário instalado no academia, devido a questões de segurança.
Cerca de 3 mil homens, entre soldados e policiais, foram convocados para manter a ordem no local do julgamento.
O ex-presidente estava hospitalizado na cidade de Sharm El Sheikh desde abril e seus advogados afirmam que ele está muito doente. Essa alegação é vista com ceticismo por adversários de seu antigo governo.
Mubarak foi transportado de avião de Sharm El Sheikh para o Cairo e chegou ao tribunal de helicóptero.
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