O julgamento do presidente deposto do Egito Hosni Mubarak, que ocorreria hoje (15), foi adiado para o dia 5 de setembro. A corte anunciou que o julgamento não será mais transmitido pela televisão e que o processo contra Mubarak será fundido com o do ex-ministro do Interior Habib Al Adly.
Grupos de partidários e opositores do ex-presidente entraram em confronto na frente do tribunal ao serem informados sobre o fim da transmissão do julgamento.
Mubarak, de 83 anos, voltou a um tribunal no Cairo para responder por acusações de corrupção e de responsabilidade na morte de manifestantes que protestavam contra seu governo no início do ano.
Ele chegou ao local de julgamento de helicóptero e foi colocado em uma ambulância para ser transportado, de maca, até a corte.
O ex-presidente egípcio, que alega estar sofrendo graves problemas de saúde, foi colocado dentro de um espaço com grades no tribunal.
Mubarak estava acompanhado de seus filhos Alaa e Gamal, que também estão sendo acusados de corrupção. Na chegada, Alaa tentou cobrir uma câmera de vídeo que filmava o evento.
Na primeira audiência, no último dia 3 de agosto, o líder deposto do Egito se disse inocente das acusações. Se considerado culpado, Mubarak – assim como os outros acusados – pode ser punido com a sentença de morte.
No próximo dia 5 de setembro, o ex-ministro do Interior Habib Al Adly terá uma nova audiência na Justiça. Ele já foi condenado por lavagem de dinheiro e agora enfrenta acusações de ter ordenado a morte de 850 manifestantes.
BBC Brasil
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