Lençóis da Secretaria de Saúde de SC e da Unimed em Joinville são encontrados à venda no Piauí

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina e o Centro Hospitalar Unimed Joinville afirmaram na manhã desta sexta-feira que não comercializam material hospitalar usados. Depois de lençóis de hospitais dos EUA serem encontrados à venda em lojas de tecidos do Nordeste do país, agora foram localizados materiais hospitalares de instituições brasileiras no comércio. Entre eles, peças com inscrições da secretaria catarinense e do hospital da Unimed em Joinville, segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo na quinta-feira.

A equipe da Folha comprou sete quilos de tecido em uma loja chamada Capital dos Retalhos, em Teresina (PI), no Norte do Brasil. Cada quilo custou R$ 18. No estabelecimento, é possível escolher lençóis provenientes de hotéis, hospitais e motéis. A reportagem optou por hospitalares.

Entre o material, havia um com a inscrição da Secretaria de Estado da Saúde de SC e outro identificado pelo Centro Hospitalar Unimed de Joinville. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comercialização de materiais oriundos de hospitais é proibida porque pode trazer riscos à saúde.

Contraponto

Procurada na manhã desta sexta-feira, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde explicou que os enxovais usados são todos retalhados e reaproveitados dentro das próprias unidades para limpeza do chão. A secretaria também destacou que está investigando como os lençóis foram parar na loja em Teresina.

O Centro Hospitalar Unimed Joinville afirmou que os materiais utilizados na instituição são confeccionados e comprados de empresas qualificadas que passam por avaliações e auditorias. Por causa do tempo de uso e do desgastes provocados pelo processo de higienização e desinfecção, o enxoval fica desgastado e sem condições de uso. Nestes casos, os tecidos podem ser reaproveitados internamente para outros fins, como limpeza e manutenção, ou são retalhados e descartados como lixo hospitalar, de acordo com as normas da Anvisa. A Unimed também investiga a procedência do material encontrado à venda.

DC