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Em parceria dos ministérios da Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação, a presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (13), em Brasília, edital com oportunidade de mais 100 mil bolsas de estudo no exterior dentro do Programa Ciência sem Fronteiras, lançado em julho e gerenciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq). A iniciativa de enviar estudantes para aprendizado em outros países, segundo a presidenta, corrige as diferenças sociais e dá as mesmas oportunidades para todas as classes.


São 75 mil bolsas financiadas pelo governo e 25 mil obtidas em parceria com empresas, como Petrobras e Vale. “”Considero um dos grandes programas do meu governo””, disse Dilma, ao considerar que a questão é “”essencial”” para os brasileiros. A presidenta ressaltou que, apesar de o país ter várias riquezas naturais e uma agricultura produtiva, o Brasil irá precisar em breve de homens e mulheres capazes de produzir conhecimento. As áreas prioritárias das bolsas são das ciências básicas, como matemática, física, química e biologia, com ênfase nas engenharias. 


Durante a cerimônia, foram anunciados os primeiros 1,5 mil estudantes que já seguem para estudos nos Estados Unidos, em janeiro. No edital agora lançado, países como Reino Unido, Alemanha, França e Itália são opções. A partir de fevereiro do próximo ano, Holanda, Bélgica, Espanha, Portugal, Coreia, China e Japão entram no programa do governo. As bolsas – que podem ser de graduação, doutorado e pós-doutorado – poderão ser pleiteadas por alunos que obtiverem nota 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Bom desempenho acadêmico e participação anterior em algum programa educacional público serão diferenciais, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.  Porém, o domínio da língua estrangeira ainda é entrave. O governo prevê, dentro do programa, o estímulo do Capes às universidades federais para que ofereçam, gradualmente, cursos específicos básicos e intermediários de idiomas. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, estes cursos preparatórios poderão ser ministrados nas férias.


Haddad, pré-candidato à prefeitura da cidade de São Paulo pelo PT, ressaltou o papel do Enem como “”alavanca”” para que o programa do governo não repita erros de iniciativas passadas, que, segundo ele, priorizava a elite para cursos de intercâmbio. “”Nosso desenvolvimento depende da interação e parceria com os estudantes. Com o Enem, estamos conseguindo oferecer ao jovem brasileiro a oportunidade de que, em sua cidade, ele realize um exame nacional e se qualifique para participar de seleções como essas””, comemorou.


Rede Brasil Atual

Publicado em 13/12/2011 -

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