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A taxa de juros cobrada em empréstimos para a pessoa física é a menor desde 1994, quando o índice começou a ser registrado pelo Banco Central (BC). De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo BC, a taxa cobrada das famílias em empréstimos como consignado, imobiliário, pessoal e cheque especial atingiu média de 40,4% ao ano. Em junho, os empréstimos para pessoas físicas subiram 0,9%, atingindo um total de R$ 505,7 bilhões no mês. Segundo o BC, a maior parte do crédito às famílias foi usado principalmente no financiamento de veículos.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o cheque especial é a modalidade de crédito que tem taxa mais alta à pessoa física. "Os tomadores de crédito entre as famílias têm preferido migrar para modalidades mais baratas que o cheque especial. Isso é bom, claro. Muitos preferem mudar para o crédito consignado ou imobiliário. Por isso, os juros do cheque especial têm essa característica de juros flutuantes, que variam mais que as outras modalidades de crédito", afirmou.

A taxa de juros média cobrada pelos bancos brasileiros caiu 0,3 ponto percentual de maio para junho, atingindo 34,6% ao ano no período. Os juros cobrados a pessoas físicas recuaram 1,1 ponto percentual, (40,4% ao ano), enquanto para empresas houve aumento mensal foi de 0,4 ponto, para 27,3% ao ano.

No período, o spread bancário, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros finais, caiu 0,4 ponto para 23,5 pontos percentuais.

Para Altamir Lopes, a tendência é que o valor dos empréstimos à pessoa física se estabilize, enquanto o volume de crédito destinado às empresas tende a subir, em valores expressivos.

"Em março deste ano, tivemos um crescimento de 1,9% (nos empréstimos a pessoas físicas), taxa que se manteve praticamente estável até agora, em torno de 1%. Esta é a tendência, são os primeiros movimentos em direção à acomodação desse crescimento. Já o volume de empréstimos para as empresas subiu em taxas expressivas, de 0,4% em março para 2,8% em junho, uma taxa de crescimento bem mais forte", disse.

A tendência de estabilização no volume de crédito tomado pelas famílias brasileiras já pode ser sentido nos dados preliminares de julho: até o dia 15 deste mês, o volume cresceu 1,8%. Já valor tomado pelas empresas mostra crescimento forte nos primeiros 11 dias úteis de julho, subindo 2,4%. A taxa anual de juros para a pessoa física tende a ficar em 40,4% ao ano em julho e, para a pessoa jurídica, a taxa pode chegar a 27,7%.

Inadimplência – Lopes destacou que a taxa de inadimplência para pessoas físicas e jurídicas está num patamar considerado baixo. "A inadimplência entre as empresas caiu 0,1 ponto e hoje atinge 3,6% dos tomadores de crédito entre as pessoas jurídicas. Já entre as pessoas físicas, os atrasos maiores que 90 dias caíam 0,2 ponto e abrange 6,6% do total das famílias", afirmou. A inadimplência entre as pessoas físicas atingiu, em junho de 2010, o menor nível desde outubro de 2005, quando registrou 6,47%.

O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), avaliou que o Brasil vive hoje um momento especial, no qual, mais do que nunca, há segurança e estabilidade da economia. "Os indicadores apontam para uma economia robusta, com condições de continuar crescendo. Indicam também que estamos em um período virtuoso de desenvolvimento. Isso não é milagre, como sugerem alguns jornais estrangeiros, mas fruto do trabalho do governo", afirmou Ferro.

www.ptnacamara.org.br

 

Publicado em 28/07/2010 -

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