Ainda falta um trimestre para o fim de 2010 e, mais uma vez, o crédito para casa própria fornecido pela Caixa Econômica Federal já ultrapassou o recorde do ano passado. Em 2009, ao todo, R$ 47 bilhões foram concedidos para o setor. Já em 2010, somente até setembro, R$ 47,6 bilhões em crédito imobiliário haviam sido liberados.
A previsão é que, até dezembro, mais de R$ 70 bilhões em financiamentos tenham sido negociados. "O recorde é absolutamente histórico. Só para se ter uma idéia, começamos em 2003 com R$ 5 bilhões em crédito para casa própria”, comemorou a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho. “Nós tivemos, em 2008, que já foi um recorde, R$ 23 bilhões. No ano passado, chegamos novamente a outro recorde, de R$ 47 bilhões."
A projeção anterior do banco era de R$ 60 bilhões até o final de 2010. Contudo, de acordo com essa nova projeção de R$ 70 bilhões da Caixa, o ano fechará com crescimento de 48,8% no crédito imobiliário. Isso representará bem mais de um milhão de contratos de financiamento durante 2010, outra marca recorde.
Minha Casa, Minha Vida
A Caixa também apresentou balanço parcial do Minha Casa, Minha Vida. Desde o lançamento do programa, em abril de 2009, foram fechados 630,8 mil contratos de unidades habitacionais, no valor de R$ 35,8 bilhões.
Entretanto, ainda estão sendo analisadas outras 418,8 mil propostas contratuais. Só neste ano, até o momento, 355,3 mil contratos foram assinados, que correspondem a investimentos da ordem de R$ 21,8 bilhões. E a expectativa é crescer ainda mais.
Outras fontes
O vice-presidente de controle e risco da Caixa Econômica Federal, Marcos Vasconcelos, afirma que o banco pretende captar dinheiro no mercado ainda este ano para usar no crédito imobiliário, “porque os recursos do FGTS e da poupança que financiam os programas de habitação e concessão de crédito imobiliário no Brasil serão insuficientes no futuro”.
Vasconcelos prevê o volume concedido em crédito imobiliário chegue a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos. Atualmente, o volume está apenas em 4% do PIB. A presidente da Caixa ressalta que a idéia principal é que "não haja nenhuma dificuldade para o cidadão comprar sua casa".