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O jornal Folha de S. Paulo publicou no sábado (16) reportagem em que ex-alunas da psicóloga Monica Serra afirmam ter ouvido a esposa do candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, contar sobre aborto realizado durante o exílio com o marido no Chile.

O suposto aborto de Monica já vinha sendo noticiado pelo jornal O Dia durante a semana, com base no depoimento da bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, que diz ter sido aluna da mulher de Serra em 1992.

Na publicação deste sábado, a reportagem de Folha cita que localizou mais uma aluna do curso de dança da Unicamp que confirma a história sobre o aborto da então professora universitária Monica Serra.

Sheila disse aos jornais que decidiu postar um comentário sobre Monica em seu perfil na rede social Facebook depois de ouvir a afirmação de Serra durante debate, no domingo (10), de que é contra o aborto por "valores cristãos". Ela também soube da acusação de Monica Serra, divulgada pela Agência Estado, de que a candidata Dilma Roussef (PT) é a favor de "matar criancinhas".

A ex-aluna de Monica escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto".

"Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático. Devemos prender Monica Serra, caso seu marido fosse eleito presidente", descreveu Sheila na rede social.

Em entrevista à Folha, Sheila confirmou as informações. A publicação também localizou uma colega de classe de Sheila, professora de dança em Brasília. Com a garantia do anonimato, ela contou que Monica expôs ter feito aborto por causa da ditadura chilena, porque o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto.

Outro lado

De acordo com a publicação, a reportagem telefonou seis vezes e enviou cinco e-mails à assessoria de Monica, entre quinta (14) e sexta-feira (15), mas não conseguiu falar com a esposa do candidato tucano. Entretanto, recebeu uma mensagem com a afirmação de que "não há como responder".

Rede Brasil Atual

Publicado em 19/10/2010 -

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