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O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tenta uma aproximação com o movimento sindical. A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho poderia ser assumida por uma liderança ligada a centrais sindicais.

Na segunda-feira (22), Alckmin reuniu-se com representantes da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). De acordo com o vice-presidente da Força, Miguel Torres, o governador sinalizou que pretende negociar com os trabalhadores, ao contrário do que fez Serra. "Ele demostrou uma preocupação com a distância entre movimento sindical e o Estado, foi uma boa iniciativa do governador", disse.

Os sindicalistas indicaram eixos para a secretaria, relacionada à agenda do trabalho decente – defendida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) – e a importância da qualificação profissional. Eles defenderam ainda que o próximo secretário seja indicado pelas centrais e que a secretaria seja mais ativa e mais envolvida no mundo do trabalho.

Torres nega que tenha ocorrido indicação de nomes, mas "seria muito bom" que a pessoa agrade a maioria dos sindicatos. Na gestão Serra, a pasta era chefiada por um empresário, o vice-governador eleito Guilherme Afif Domingos (DEM). Afif não participou do encontro.

O deputado estadual Davi Zaia (PPS), um dos cotados para o posto, disse à Rede Brasil Atual que tinha conhecimento da reunião e de que seu nome havia sido sugerido pelo presidente da UGT, Ricardo Patah. Segundo o deputado, o PPS conversou questões políticas com Alckmin, mas nada relacionado a nomiação de cargos. "Se houver algum convite do governador, o PPS, dentro dos seus quadros, vai escolher quem será mais adequado para a posição" afirmou Zaia.

Representantes de entidades ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) não foram convidados. Procurados, eles não quiseram se pronunciar sobre a aproximação de Alckmin e membros de outras centrais. A análise é de que a movimentação tem menos relação com o sindicalismo e mais com uma forma de retribuir o apoio eleitoral recebido.

Apesar de ter aderido à candidatura de Dilma Rousseff (PT), à Presidência da República, lideranças da Força Sindical estiveram próximas ao PSDB no estado. Já a UGT foi a única das seis centrais sindicais a não apoiar Dilma, justamente por contar, em seus quadros, com dirigentes ligados ao PPS, que compôs a chapa de Serra.

Publicado em 24/11/2010 -

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