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Um dos mais importantes nomes das artes cênicas brasileiras, a atriz Lélia Abramo completaria 100 anos nesta terça-feira (8). Para prestar uma justa homenagem, a Funarte, com apoio da Fundação Perseu Abramo, promove um ato de comemoração no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em São Paulo (veja horário abaixo). Foi na capital paulista que a atriz nasceu e morreu, em 9 de abril de 2004.

A programação inclui a apresentação da música “Bella Ciao”, pelo Coral Martin Luther King; a exibição de um vídeo com imagens selecionadas da atriz; a apresentação de fragmento da peça “Rosa Vermelha” pelo Núcleo 1984, e depoimento de amigos, familiares e importantes nomes da cultura brasileira, como a ministra da Cultura, Ana de Hollanda; os atores Sergio Mamberti e Antonio Grassi, e o diretor Zé Renato.

A atriz estreou nos palcos em 1958, quando atuou em “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri. A partir de então, participou de 23 espetáculos teatrais, incluindo montagens de clássicos como “Lisístrata”, de Aristófanes”; “Agamenon”, de Ésquilo; e “Romeu e Julieta” e “Ricardo III”, de William Shakespeare. Na televisão, estrelou 27 novelas, fazendo sucesso com personagens como Januária Brandão, de “Pai Herói” (1979); Mama Vitória, de “Pão Pão Beijo Beijo” (1983); e Bibianna, da minissérie “O Tempo e o Vento” (1985), baseada na saga escrita por Érico Veríssimo.

Lélia Abramo ficou conhecida também por sua intensa militância política. Uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT), assumiu a presidência do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo, a partir de 1978. Ela pertencia à primeira chapa de oposição a ser vitoriosa no período iniciado pela ditadura militar brasileira de 1964 e foi praticamente ignorada pela TV Globo.

Publicado em 8/02/2011 -

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