Após a conquista da implementação do Piso Estadual de Salário, a luta agora é para que o seu reajuste aconteça de forma automática, a exemplo do que acontece com o Salário Mínimo Nacional, que tem como base a inflação do ano, mais o PIB do ano interior. Para que isso aconteça a FECESC, juntamente com CUT e as demais Centrais Sindicais, está promovendo um abaixo assinado em prol de um Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular que preveja o reajuste automático.
Para que o PL entre em tramitação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina – ALESC são necessárias 50 mil assinaturas, o que representa 1% dos eleitores de Santa Catarina. O prazo para a coleta expira em 31 de outubro e até o final de agosto o documento havia recebido 33 mil adesões. Hoje a lei estadual estabelece que o valor do reajuste deve ser negociado entre patrões e empregados. Após isso, cabe ao Governo do Estado encaminhar a proposta à ALESC para que seja votada. Não havendo acordo entre as partes interessadas, o próprio governo pode definir o percentual do reajuste.
Para o ano de 2013, a Comissão de Negociação prevê um aumento de até 13% sobre uma das faixas salariais. Em reunião no início do mês de setembro, ficou definido que o reajuste aplicado no estado de Santa Catarina terá como base os valores atuais do Paraná, já que ambos os estados possuem condições econômicas relativamente parecidas.
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Confira a proposta de Reajuste do Piso Estadual de Salário conforme Faixas Salariais:
Faixa I – De R$700 para R$785 – Aumento de 12,14%
a) Trabalhadores/as na agricultura familiar e pecuária;
b) Trabalhadores/as nas indústrias extrativistas e beneficiamento;
c) Trabalhadores/as em empresas de pesca e agricultura;
d) Empregados/as Domésticos/as;
e) Trabalhadores/as nas indústrias da construção civil;
f) Trabalhadores/as nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos
g) Trabalhadores/as em estabelecimentos hípicos;
h) Empregados/as, motociclistas, motoboys, e do transporte geral, excetuando-se os motoristas.
Faixa II – De R$725 para R$815 – Aumento de 12,41%
a) Trabalhadores/as nas indústrias do vestuário e do calçado;
b) Trabalhadores/as nas indústrias de fiação e tecelagem;
c) Trabalhadores/as nas indústrias de artefatos de couro;
d) Trabalhadores/as nas indústrias do papel, papelão e cortiça;
e) Trabalhadores/as em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados/as em bancas, vendedores/as ambulantes de jornais e revistas;
f) Empregados/as da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
g) Empregados/as em estabelecimentos de serviço de saúde;
h) Empregados/as em empresas de comunicação e marketing;
i) Trabalhadores/as nas indústrias do mobiliário.
Faixa III – De R$764,00 para R$845 – Aumento de 10,60%
a) Trabalhadores/as nas indústrias químicas e farmacêuticas;
b) Trabalhadores/as nas industriais cinematográficas;
c) Trabalhadores/as nas indústrias de alimentação;
d) Empregados/as do comércio em geral;
e) Empregados/as de agentes autônomos do comércio.
Faixa IV – De R$800 para R$905 – Aumento de 13,13%
a) Trabalhadores/as nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico.
b) Trabalhadores/as nas indústrias gráficas;
c) Trabalhadores/as nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
d) Trabalhadores/as nas indústrias de artefatos de borracha;
e) Trabalhadores/as em empresas de seguros privados e capitalização e de agente autônomos de seguros privados e de crédito;
f) Trabalhadores/as em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares;
g) Trabalhadores/as nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
h) Auxiliares em administração escolar (empregados/as de estabelecimentos de ensino);
i) Empregados/as em estabelecimentos de cultura;
j) Empregados/as em processamento de dados;
k) Empregados/as motoristas do transporte em geral;
Trabalhadores/as em turismo e hospitalidade.
Com informações de Silvia Medeiros – Assessora de Imprensa CUT/SC
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