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fecesc frente diretas jaO agravamento da crise política e econômica deteriorou mais o quadro de crise institucional no Brasil. As delações de um influente empresário, revelando a promíscua relação entre os interesses do mercado e o golpe de Estado, motivou a criação de uma frente nacional de resistência, composta por centrais sindicais, frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, movimentos sociais, partidos e organizações da sociedade civil.

O principal objetivo desse encontro histórico é unificar uma agenda e organizar uma campanha para conclamar Diretas Já a partir da derrocada de Temer.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, um dos proponentes da frente ampla, a mobilização da sociedade civil brasileira é fundamental para forçar a retomada da democracia no país. “A alternativa de trocar Temer por eleições indiretas é mais ilegítima ainda e não podemos deixar essa anomalia acontecer”, destacou o dirigente. Para Freitas o alto índice de desemprego e a divulgação dos últimos números econômicos não deixam dúvidas que só a volta da democracia por eleições diretas, com o povo votando, pode fazer o país voltar a crescer, “não só a economia e o emprego precisam ser retomados, mas a esperança de todo o povo brasileiro”, avaliou.

Para o secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB, Carlos Moura, não se pode tentar mudar o estatuto jurídico de um país sem que a população seja ouvida, “Diretas Já significa combater o neoliberalismo em um só palanque onde todas as forças e instituições progressistas lutarão pela democracia e por garantias de mais direitos aos povos originários, superação ao racismo e preconceitos”, avaliou. E concluiu: “a CNBB comparece a esse plenário para se solidarizar e prestar apoio a essa reivindicação que é de todo o povo brasileiro e aqui estamos selando um compromisso que as ideias São compiladas que possamos derrubar o ilegítimo que comanda o Executivo Federal.”

Recém-eleita presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) lembrou que foi decidido no 6 congresso do partido que nenhum parlamentar deverá participar de um colégio eleitoral para votação indireta, caso seja dado esse desfecho no Congresso Nacional. “O que vier de eleição indireta com certeza será no sentido de ser a favor dessas reformas e contra a classe trabalhadora”. Ela reforçou, ainda, que a bancada de oposição no Senado fará o possível para não votar a reforma trabalhista prevista para acontecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (06). “Os governistas pretendem romper com o combinado e adiantar os trâmites dentro das comissões para levar a matéria a plenário antes do previsto”, criticou a senadora.

Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo sem Medo e líder do MTST avalia que a unificação de um campo democrático para além das esquerdas e das Frentes pode dar outro rumo ao atual cenário. “Dentro desse espírito chamamos essa ampla composição da sociedade civil no intuito de construir uma unidade para a saída da crise”

Vagner Freitas encerrou a reunião apresentado a nova pesquisa CUT-Vox Populli, divulgada hoje (05), que aponta que 89% querem escolher um novo presidente e 85% dos brasileiros querem que o TSE casse Temer.

Veja a seguir a íntegra da nota divulgada pelas organizações:

NOTA

Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a legitimidade para seguir na presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e as políticas públicas, além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

Assinam:

Frente Brasil Popular – FBP

Frente Povo Sem Medo – FPSM

Centra Única dos Trabalhadores – CUT

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

Associação das Mulheres Brasileira – AMB

Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho – ALTJ

Associação Nacional de Pós Graduandos – ANPG

Brigadas Populares

Central dos Movimentos Populares – CMP

Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

Central Pública

Centro de Atendimento Multiprofissional – CAMP

Coletivo Quem Luta Educa/MG

Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB – CBJP

Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE

Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG

Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB

Conselho Federal de Economia – CONFECON

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC

FASE Nacional

Fora do Eixo / Mídia Ninja

Fórum de Lutas 29 de abril/PR

Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

Frente de Juristas pela Democracia

Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

Central Intersindical – INTERSINDICAL

Juntos

Koinonia

Levante Popular da Juventude

Marcha Mundial das Mulheres – MMM

Movimento Camponês Popular – MCP

Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST

Movimento Humanos Direitos – MHUD

Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia – MNCCD

Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM

Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS

Partido Comunista do Brasil – PC do B

Partido dos Trabalhadores – PT

Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

Partido Socialista Brasileiro – PSB

Pastoral Popular Luterana

Rede Ecumênica da Juventude – REJU

Rua Juventude Anticapitalista – RUA

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

União Brasileira de Mulheres – UBM

União da Juventude Socialista – UJS

União Geral dos Trabalhadores – UGT

União Nacional dos Estudantes – UNE

 

Fonte: Luciana Waclwovsky / CUT Nacional

Publicado em 6/06/2017 - Tags: , ,

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