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Greve Supermercado Mundial

Em greve desde o dia 6 de novembro, os trabalhadores do Supermercado Munidal, uma das maiores redes de supermercados do Rio de Janeiro, estão fazendo história. Trata-se da primeira greve no setor depois de aprovada a contrarreforma trabalhista, que entrou em vigor no dia 13/11 e determinou o fim de vários direitos trabalhistas. A FECESC – Federação dos Empregados no Comércio no Estado de Santa Catarina, enviou para o Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro nota oficial de apoio dos comerciários de Santa Catarina, lembrando que “Certamente a greve na Rede Mundial servirá de exemplo aos trabalhadores de supermercados do restante do Brasil”.
Leia a íntegra da nota de apoio direcionada aos comerciários do Rio de Janeiro:

Nota de apoio à greve dos trabalhadores de supermercado do Rio de Janeiro

A Federação dos Trabalhadores do Comércio de Santa Catarina – FECESC declara total apoio aos 9 mil trabalhadores da rede de supermercados Mundial que estão em luta há algumas semanas contra a exploração a que estão submetidos.

Parte destes trabalhadores cruzaram os braços nos últimos dias, revoltados com a perda de direitos que já começa a ocorrer em função da destruição dos direitos trabalhistas promovida pelo governo corrupto de Michel Temer. Somada à destruição da legislação trabalhista, o decreto nº 9127, promulgado por Temer autorizando o trabalho em domingos e feriados sem pagamento do adicional de 100% nas horas trabalhadas, foi o estopim que gerou a paralização espontânea dos trabalhadores da Rede Mundial. Além disso, vários outros direitos dos trabalhadores estão sendo desrespeitados, fazendo com que os trabalhadores e o sindicato dos comerciários do Rio de Janeiro pudessem articular a ampliação da mobilização para as demais unidades da rede.

Nós, comerciários de Santa Catarina, reforçamos a legitimidade e apoio aos trabalhadores que lutam por seus direitos no Rio de Janeiro. Certamente a greve na Rede Mundial servirá de exemplo aos trabalhadores de supermercados do restante do Brasil. Sabemos que as condições de trabalho nestes locais são deploráveis, destacando-se as jornadas abusivas e o trabalho desgastante em domingos e feriados. Certamente, na esteira da profunda piora das condições de vida dos trabalhadores brasileiros, o movimento grevista em breve chegará a Santa Catarina e aos demais trabalhadores de outras categorias.

É com atitudes como essa que os trabalhadores começarão a reverter o quadro de ataques que estão sofrendo. Demonstram o poder da classe trabalhadora, a empáfia dos patrões e a fraude que constitui a propriedade privada capitalista.

Florianópolis, 20 de novembro de 2017

Francisco Alano
Presidente da FECESC

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