Estatuto da Juventude
15/04/2013
Nos últimos dez anos, dentre os muitos avanços que o nosso país obteve, vivenciamos um grande impulso dado às políticas públicas voltadas para a juventude. A criação da Secretaria Nacional de Juventude, no início do primeiro mandato do governo Lula, e do Conselho Nacional de Juventude, bem como outras ações, possibilitaram ampliar o diálogo entre governo e os jovens, a fim de conhecer mais a fundo as necessidades dessa população tão plural. Um bom exemplo de política resultante desse diagnóstico é o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), criado pelo governo federal em 2005. Inicialmente destinado a jovens de 15 a 24 anos que não haviam concluído o ensino fundamental, o programa foi reformulado em 2008, quando se subdividiu em quatro modalidades, a fim de atender jovens com perfis diferentes. Hoje, o Projovem conta com a parceria dos Estados e municípios e oferece apoio ao jovem da cidade, do campo, àquele que precisa de qualificação para ingressar no mercado de trabalho e àquele que precisa de auxílio para permanecer na escola. Já o Plano Juventude Viva, coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), reúne uma série de ações de prevenção para reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência, criando oportunidades de inclusão social e aumentando a oferta de equipamentos e serviços públicos, sobretudo, em áreas que concentram altos índices de homicídio. Outras políticas que atendem a população de uma forma geral, mas que, sem dúvida, têm impacto maior sobre a juventude, são o ProUni, criado pelo governo Lula, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que aumentaram consideravelmente o acesso do jovem de baixa renda ao ensino superior. Porém, para atender a toda a demanda da juventude brasileira e consolidar uma política pública de juventude nas cinco regiões do país, além de iniciativas como essas, é necessário instituir um Marco Legal, que regulamente e assegure seus direitos. É isso que se pretende alcançar com o Estatuto da Juventude, cujo projeto de lei será votado no Senado na próxima semana. Há nove anos em tramitação no Congresso, o estatuto é uma luta antiga da juventude brasileira, que espera por meio da nova legislação ver apontados os princípios e diretrizes que nortearão ações governamentais voltadas para os jovens na faixa dos 15 aos 29 anos, a fim de lhes garantir direitos relacionados à Educação, Saúde, participação democrática, trabalho, igualdade, Cultura, Esporte e Lazer, comunicação e liberdade de expressão, mobilidade urbana e Segurança. Para que a proposta do estatuto, cujo relator é o deputado Paulo Paim (PT-RS), representasse e atendesse as demandas dos jovens de todos os cantos do Brasil, várias audiências e consultas públicas com entidades e movimentos...