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CUT repudia violência e orienta militância a não ceder às provocações
10/03/2016
  Apenas vinte dias após a presidenta Dilma Rousseff (PT) garantir, nas urnas, sua reeleição, a direita já reivindicava nas ruas seu impeachment. Era 15 de novembro de 2014 e o país conhecia a primeira de uma série de manifestações que tinham como alvo único o PT, sem qualquer argumentação ou base reivindicatória, o que acaba por convertê-las em atos desesperados em busca de um golpe na democracia brasileira. Naquele dia, uma prática emblemática desse setor começou a se escancarar, a violência. No dia 15 de novembro de 2014, um homem por estar vestindo uma camiseta vermelha, foi agredido na avenida Paulista. Enquanto era linchado, ouvia gritos como: “Volta pra Cuba”. O caso não foi isolado, em outras manifestações pelo País, diversos relatos de agressões, inclusive a pessoas que não são de esquerda, mas usavam a cor vermelha, por exemplo. No ato seguinte promovido pelos golpistas, dia 15 de março, mais violência estimulada e promovida pela direita. Na avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, um homem cruzava a via com sua bicicleta, que tinha uma bandeira vermelha, quando foi interrompido e agredido. Enquanto uma liderança política gritava do carro que “não vamos pintar nossa bandeira de vermelho”, os manifestantes cercavam o ciclista gritando: “ladrão” e “comunista”. “Eu não fiz nada e eles iam me espancar”, lamentou a vítima. Em 12 de abril de 2015, outra manifestação contra a presidenta Dilma. Em Recife, um homem vestia uma camiseta vermelha e foi cercado pela multidão, encurralado se escondeu no jardim de um prédio e foi protegido por policiais. Mesmo assim, ovos foram atirados em sua direção. Ainda em 2015, no dia 18 de agosto, já com o movimento golpista sucumbindo, a direita foi às ruas novamente. Em São Paulo, na avenida Paulista, uma idosa usava uma camiseta vermelha quando foi abordada pelos manifestantes que passaram a chamá-la de “putinha do Lula” e “velha doida”. Mais recentemente, no último dia 4 de março, o juiz Sergio Moro ordenou a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor na Polícia Federal. A medida, absoluta condenada por diversos setores da política e do judiciário brasileiro, foi comemorada pela direita. Porém, a opção feita pelos movimentos foi festejar na frente do prédio do ex-presidente, o que configura uma provocação gratuita com o óbvio intuito de gerar um conflito, que acabou por se confirmar. CUT prega defesa da democracia sem violência No próximo domingo (13), a direita volta às ruas. Em todo o país, o temor por conflitos entre defensores do golpe e do governo. A CUT, mantendo sua tradição democrática, insiste com sua militância para que evite ceder às provocações da direita e que foquem apenas no fortalecimento da democracia. “Agora, enquanto temos ido às ruas...
Em pesquisa 51% dizem que TV incentiva desrespeito e assédio à mulher
09/03/2016
  Cerca de 51% dos brasileiros dizem que filmes e programas televisivos incentivam o desrespeito e o assédio a mulheres em ambientes de trabalho. Quase metade deles acredita que os programas de entretenimento têm impacto negativo nas práticas de assédio a mulheres nos locais de trabalho. Cerca de 73% acreditam que as mulheres são mostradas de maneira exageradamente sexualizadas no cinema e na TV, “reduzidas a seios e bundas”, com poucas roupas e pouco inteligentes. Os dados fazem parte da pesquisa Investigação sobre o impacto da representação de gênero no cinema e na televisão brasileira, divulgada nesta segunda (7) pelo Instituto Geena Davis, que há mais de dez anos se dedica a estudar e ampliar a presença da mulher no audiovisual no mundo. A apresentação do trabalho foi feita na sede do Sistema Firjan, no centro do Rio de Janeiro, e contou com um painel de discussão sobre gênero na mídia e maior participação da mulher na cadeia produtiva do setor audiovisual. Concluído no ano passado, o estudo ouviu cerca de 2 mil pessoas, e foi dividido em dois momentos. Na primeira etapa, foram feitos grupos para elaboração das perguntas e, depois, uma pesquisa quantitativa por todo o Brasil. O estudo aponta, também, que aproximadamente 65% das mulheres brasileiras têm dificuldade de se identificar com os personagens femininos retratados no cinema e na televisão. Quase 70% dos entrevistados acham que as mudanças positivas no país para a igualdade de gênero, como conquistas profissionais e mais autonomia financeira, são pouco retratadas no cinema e na TV. Um dos coordenadores da pesquisa, João Feres, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), explicou que a população está mais alerta para os estereótipos dos papéis femininos e masculinos que ainda persistem na mídia brasileira. “Os entrevistados da pesquisa qualitativa veem os personagens femininos ainda muito presos aos papéis tradicionais de dona de casa, doméstica. As mulheres nunca estão no poder, são sempre os homens”, disse. “Os homens também consideram os papéis masculinos estereotipados, de machão”, afirmou, ao destacar que a glorificação da hipermasculinidade foi uma das críticas feitas pelos entrevistados. Segundo o estudo, quase dois terços (63%) dos brasileiros demonstram preocupação com os padrões de beleza mostrados no cinema e na televisão, que, segundo eles, são irreais. Por outro lado, mais de 60% da população acham que a exposição da violência doméstica no cinema e na TV pode ajudar a reduzir essa prática nos lares brasileiros, mas que é importante mostrar o fim da impunidade em relação aos crimes de violência. Fonte:  Flávia Vilela/ Agência...
Contraf-CUT lança cartilha para combater o assédio sexual no trabalho
09/03/2016
Apesar das crescentes conquistas das mulheres na última década na sociedade e no mercado de trabalho, ainda hoje elas são constantemente vítimas de diversas formas de desigualdade e violência, entre elas o assédio sexual. Para combater essa prática, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançou cartilha com orientações para ajudar e esclarecer os profissionais assediados. Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8), 100 mil exemplares da cartilha serão distribuídos para mais de 100 sindicatos representados pela Contraf-CUT em todo o país. A cartilha também pode ser baixada pelo site http://www.contrafcut.org.br/publicacoes/campanha-de-prevencao-de-combate-ao-assedio-sexual-no-trabalho-86a4. Nas redes sociais e meios digitais, será usada a hashtag #comigonão para promover a conscientização contra o assédio. Desde 2001, assédio sexual é crime, com pena prevista de um a dois anos de detenção. Contudo, as denúncias tem aumentado nos últimos anos. Um dos canais em que é possível fazer a denúncia é o disque 180. “A gente pode dizer que, de formas mais sutis ou bastante graves, acontece basicamente com todas as mulheres que a gente conhece”, afirma Maria Fernanda Marcelino, historiadora da organização feminista Sempre Viva. Ela aponta que as modalidades de assédio vão desde uma cantada fora de hora, a um contato físico fora de contexto, e até mesmo a coerções, do tipo “ou você sai comigo ou você vai ser demitida, vai perder o emprego”. A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Eliane Cutis, explica que a diferença entre paquera e assédio sexual no trabalho é o não da vítima: “Se você vai lá, tenta uma investida, e ela diz não, a partir dali cessou a relação e o respeito”. Fonte: por Redação...
Quem fala pelos trabalhadores? Por Francisco Alano – Presidente da FECESC
07/03/2016
A entrevista do novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Granda Filho, reproduzida em rede nacional pela jornalista Miriam Leitão, é um exemplo claro do nível em que a disputa política travada na grande mídia atingiu no país. É muito grave que dois “formadores de opinião”, aproveitando do amplo acesso que têm aos meios de comunicação de massa, usem do artifício da deturpação da realidade vivida pelos trabalhadores para defender a terceirização da atividade fim e a aprovação do negociado sobre o legislado, afirmando que os sindicatos não falam pelos trabalhadores. Ambos, o presidente do TST e a jornalista global, afirmam categoricamente que a reforma trabalhista é fundamental para a preservação dos empregos na atual crise capitalista. Ives Granda Filho chega a afirmar, sem qualquer amparo em estudos sérios e baseado em mera percepção pessoal, que a reforma trabalhista “não só ajudaria, mas resolveria praticamente” a crise. Ocultam o fato de que os diversos países que utilizaram do expediente da reforma trabalhista com retirada de direitos após a crise de 2008 – casos de Espanha, Portugal e Grécia, por exemplo –, não apenas destruíram seu mercado interno como também agravaram violentamente o problema do desemprego, encontrando-se ainda hoje, em torno de cinco anos após a adoção das medidas, patinando e vivendo ampla instabilidade social e política. Miriam Leitão, como boa papagaia subserviente ao poder constituído, não hesitou em compartilhar desta opinião, reafirmando o dito pelo presidente do TST: “a reforma trabalhista é inevitável, única maneira de combater o aumento do desemprego”. Ambos, visando construir uma ideologia extremamente útil aos empresários reacionários, apontam que caso não haja uma reforma trabalhista, a crise irá se aprofundar e o desemprego irá disparar. Neste ponto chegam ao ridículo ao comparar uma forjada lei do mercado com a lei da gravidade. Visam assim, descaradamente, construir uma opinião pública favorável aos interesses de grande parte do grande empresariado brasileiro e das grandes multinacionais estrangeiras. Esquecem convenientemente que enquanto a lei da gravidade existe independentemente da ação das pessoas, a lei do mercado é uma construção dos seres humanos, dependendo em última instância da disputa política da sociedade. Aliás, chamar as regras de funcionamento da economia capitalista de “lei do mercado”, por si só, já é uma estratégia utilizada pelos defensores do capital para enganar os trabalhadores. Ocultam que o que chamam de “mercado” não passa de um pequeno grupo de detentores do dinheiro, das fábricas, dos comércios, das terras e do poder. Ou seja, querem limitar a vida das pessoas às leis do mercado para garantir o monopólio da política para as elites parasitárias da sociedade brasileira, que vivem apenas do suor daqueles que realmente trabalham. Na linha da estratégia dos comentaristas, usam...
Mulheres na luta, nas ruas e nas redes
07/03/2016
Luta nas ruas, nas redes e em discussões nas rodas de amigos e familiares, as mulheres em 2015 assumiram o protagonismo e marcaram o ano como Primavera das Mulheres, um ano de embate entre o retrocesso e a briga por mais direitos, conquista de espaço e empoderamento. A sociedade está mudando, as mulheres estão a cada dia negando o papel que tentam lhe impor de submissas, elas não aceitam mais os estereótipos e regras que as aprisionam e as colocam como ré em situações de violência. Seja em grupos de conversa, em cursos, nas redes sociais ou entre amigas, a união feminina ganha espaço dia a dia e põe à tona os assédios vividos cotidianamente pelo sexo feminino. É como que elas estivessem seguindo o pedido do discurso da atriz hollywoodiana, Patricia Arquete, que ao ganhar o Oscar em fevereiro de 2015, chamou todas para lutar pelos seus direitos. “Nós temos lutado pelos direitos iguais de todas as outras pessoas, é a nossa hora de ter igualdade salarial de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres”, exaltou a atriz. Parece que Patricia já previa o que estava por vir, as redes sociais foram utilizadas como palco do desabafo feminino e trouxe à tona as violências sofridas pelas mulheres. A hashtag #meuprimeiroassedio levou várias delas a darem seu depoimento sobre violências escondidas, muitas por medo e outras por se sentirem envergonhadas. A hashtag foi utilizada mais de 82 mil vezes. Já no mês seguinte a campanha que fez sucesso foi o #meuamigosecreto, em que mulheres denunciaram abusos feitos por amigos, familiares e pessoa íntimas. A jornalista Daisy Chio foi uma das mulheres que aproveitou a campanha para fazer o seu desabafo, ela destacaque após a postagem, várias outras mulheres conseguiram identificar o autor e relataram terem sofrido assédio da mesma pessoa, formando assim uma corrente de solidariedade entre elas.  “Poder falar do que me aconteceu há anos, sem ter que dizer nomes, me libertou. Eu precisava falar sobre esse assédio sofrido, mas eu tinha medo, eu tenho medo, inclusive. O movimento me encorajou, e, a partir dele, muitas mulheres entenderam de quem era ou para quem era o relato e confessaram terem sofrido a mesma coisa que eu. A partir desse dia, eu comecei a saber lidar com isso e vi que tenho forças para lutar contra este trauma do assédio que vivi”, destacou Daisy. A luta das mulheres também virou tema de redação do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem. A prova feita por mais de oito milhões de pessoas causou polêmica por trazer pela primeira vez um assunto ligado à violência doméstica. “O tema da redação só fortaleceu a nossa campanha e luta pelo...
Defender as estatais é defender o Brasil da era Lula
07/03/2016
O PLS 555, cujo objetivo é transformar todas as empresas públicas em sociedades anônimas e, com isso, vendê-las à iniciativa privada, continua na pauta do Senado. Nesta terça e quarta, 8 e 9 de março, o projeto privatista tucano é o primeiro da lista de votações. Novamente, lideranças sindicais e dos movimentos sociais estarão percorrendo os gabinetes do Senado para impedir a votação. Aliás, isso já vem sendo feito há oito meses. Para a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, essa luta faz parte da defesa de Lula e do mandato da presidenta Dilma. “Se você considerar que um dos legados do Lula foi defender e valorizar as empresas públicas – que tinham sido quase todas vendidas na década de 1990 – é claro que essa nossa luta faz parte da batalha que travamos agora, em defesa do Lula e da própria Dilma, que também soube utilizar os bancos públicos para aplicar políticas anticíclicas contra a crise mundial”, diz Maria Rita. Ela lembra que havia 20 bancos estaduais e 20 bancos federais antes da era FHC, e que hoje existem apenas cinco federais e cinco estaduais. E apenas dois não têm capital aberto: Caixa e BNDES. “A Caixa hoje é a maior financiadora da política habitacional, do Minha Casa Minha Vida. O Banco do Brasil financia a agricultura. E o BNDES tem financiado grandes obras, enquanto na década de 90 era usado para subsidiar privatização”, completa. Maria Rita acredita que mais de 200 lideranças estarão cumprindo a tarefa de combater o PLS 555 amanhã (8) no Senado. Fonte: Isaías Dalle/CUT...
5 direitos exclusivos da mulher trabalhadora
03/03/2016
No Brasil, as mulheres representam 47,1% da população economicamente ativa, segundo dados do IBGE. Desde o início do século passado, elas possuem leis específicas relacionadas ao trabalho, como jornada diária e proteção à maternidade. Confira a seguir algumas delas: É proibida a discriminação entre homem e mulher quanto à remuneração De acordo com a Lei 5452 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não pode haver diferenças salariais entre homem e mulher que exercerem o mesmo cargo na mesma empresa. Licença maternidade, mesmo em casos de adoção O direito à licença é concedido também para as mães adotivas, como consta no artigo 392 da Lei 5.452. Caso adote uma criança de até um ano, terá uma dispensa do trabalho por 120 dias sem correr o risco de perder o emprego ou diminuir o salário. Se a criança tiver de 1 a 4 anos, a licença vai para 60 dias, e de 4 a 8 anos, de 30 dias de licença. A gestação não pode ser motivo de negativa em uma admissão O estado de gravidez não pode ser uma razão para não ser admitida em uma determinada vaga de emprego. O artigo 2 da Lei 9029/1995 também classifica como prática discriminatória “a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez”. Para este crime, a pena detenção de um a dois anos e multa. Empresas precisam respeitar o limite físico das mulheres O Art. 390 da CLT proíbe que mulheres sejam empregadas em “serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional”. Oferecer vestiários femininos exclusivos Quando for necessária a troca de roupa para o exercício das atividades, as empresas são obrigadas a fornecer vestiários femininos separados dos masculinos, além de armários individuais privativos. (Art. 389, III, da CLT). Fonte: Observatório...
Eternit é condenada em dois processos pela contaminação de ex−trabalhadores por amianto
03/03/2016
A Eternit S/A de Osasco-SP foi condenada a pagar indenizações e tratamentos de saúde a todos os seus ex-empregados e familiares expostos ao amianto, em dois processos distintos que tramitam 9ª Vara do Trabalho de São Paulo: uma Ação Civil do Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizada em 2013, e outra da Associação Brasileira de Expostos ao Amianto (ABREA). Na sentença da ação civil pública do MPT, a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, acolheu parte dos pedidos. Responsabilizou a empresa a realizar a cobertura de consultas, exames, de todo o tipo de tratamento médico, nutricional, psicológico, fisioterapêutico e terapêutico, além de internações em favor do ex-trabalhador ou familiar, mediante a apresentação pelos beneficiários habilitados. No caso dos familiares, o acesso à cobertura depende de diagnóstico de doença relacionada à exposição  ao amianto. Importante salientar que a sentença não condiciona a responsabilização pela saúde dos trabalhadores à prova de que a doença ocorreu pela exposição. O valor da condenação para danos morais coletivos, que será revertido em prol da sociedade, com destino a pessoas jurídicas que desenvolvem ações relacionadas aos danos ligados ao amianto, é de R$ 100 milhões. A sentença arbitrou o valor de R$ 200 milhões para condenação, pois existem os valores referentes à ação da ABREA. No entanto, a Associação estima que esse valor possa alcançar R$ 400 milhões, considerando o número de trabalhadores atingidos.Além disso, a sentença não reconhece prescrição, nem decadência desses direitos, abrangendo todos os empregados que trabalharam na planta desativada de Osasco. A fábrica foi inaugurada na década de 40 e manteve a sua atividade até 1993. Na sentença, foi ressaltado que “a repercussão pública dos adoecimentos ultrapassa ainda o aspecto financeiro, pois os efeitos atingem também a organização familiar e a convivência de um número de pessoas ainda incerto, de famílias em que filhos perdem seus pais, tem de lidar com a morte precoce e muitas vezes dolorida, como nos casos de câncer, ou ainda com a incapacidade prolongada e progressivamente limitante das placas do chamado pulmão de pedra “, diz a juíza. No processo da ABREA a condenação é de R$ 300 mil por dano moral Em sentença, ao acolher o pedido da ACP ajuizada pela Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), a juíza condenou a empresa a uma indenização de R$ 300 mil por dano moral para cada trabalhador afetado pela exposição ao amianto, além de R$ 80 mil por dano moral existencial – aquele dano permanente que muda a vida da pessoa – a cada trabalhador já doente. A indenização também será paga a filhos e viúvas de ex-trabalhadores mortos. Outros R$ 50 mil serão pagos a título de danos morais a cada ex-empregado exposto ao amianto que...
Sem acordo na quarta rodada de negociação do Piso Salarial Estadual
02/03/2016
A quarta rodada foi realizada neste dia 2 de março, com grande presença de representantes dos empresários e dos trabalhadores A quarta rodada de negociação do Piso Estadual de 2016 começou com a manifestação dos empresários de seu propósito de fechar acordo. Ainda que a expectativa dos representantes dos trabalhadores fosse a mesma, o entendimento deste lado é de que a negociação implica em ganho real, ou seja, um índice maior do que o INPC, que registra o que houve de perda nos salários. No entanto, a fala do assessor jurídico da FIESC, Carlos José Kurtz, foi clara: “Estamos aqui para convencer vocês a negociar abaixo do INPC”. Frustradas as expectativas de ambos os lados, a negociação não fechou e nova rodada foi marcada para o dia 22 de março, às 13h30, na sede da FIESC. Realizada no dia 2 de março, a quarta rodada – de uma negociação que já se desenha como a mais longa entre todas as realizadas – foi a que contou com o maior número de representantes das centrais, federações e sindicatos dos trabalhadores, que decidiram por acompanhar de perto uma negociação difícil. Moacir Pedro Rubini, representante da UGT, disse que o movimento sindical está manifestando sua posição de fortalecimento do processo negocial do Piso, para que a definição do reajuste se mantenha nessa esfera e não ocorra por decisão do Legislativo ou do Executivo, conforme ocorre hoje em outros estados que têm Piso Salarial estadual. Na avaliação do coordenador sindical do Dieese, Ivo Castanheira, que também é diretor da FECESC, houve sinais positivos de ambas as partes, uma vez que os empresários subiram a proposta inicial, que ficava em torno dos 6 pontos percentuais (com pequenas alterações entre as quatro faixas salariais), para 9,5%. Da mesma forma, os trabalhadores, que entregaram uma pauta inicial de 15%, apresentaram um novo índice de 13,5% em média. “Podemos ter saído frustrados no dia de hoje, mas houve manifestação do desejo efetivo de chegar a um acordo com a apresentação de novas propostas, isso nos deixa otimistas para a próxima rodada e mantém a definição do reajuste do piso neste fórum, ou seja, mantemos um dos processos mais ricos de negociação entre empresários e trabalhadores aqui em Santa Catarina, processo este criado há seis anos”, lembrou Castanheira. O supervisor técnico do Dieese Santa Catarina, José Álvaro Cardoso, afirmou que, para os trabalhadores, a negociação só pode se dar a partir da recuperação do INPC. “Esta negociação trata dos pisos salariais, ou seja, os menores salários, não trata dos valores que são objeto de negociações por categorias, e justamente por isso, não podemos aceitar perdas de nenhuma forma; não podemos estabelecer um patamar mínimo que implique em desvalorização...
Mulheres de Florianópolis lançam Campanha “Março é delas”
01/03/2016
Mulheres que se destacaram por ocupar cargos políticos e outras que foram vítimas de violência ou lutaram para garantir direitos têm suas fotos estampadas na Campanha “Março é Delas”, realizada por várias organizações da sociedade civil e prefeitura e governo do estado, através de suas coordenadorias das mulheres. As atividades informativas, culturais e políticas têm início em 1 de março e terminam em 31 do mesmo mês, tendo como destaque a entrega de um documento com as prioridades das conferências municipal e estadual da mulher para o prefeito e governador no dia 7, às 18h30, na Assembleia Legislativa. O mês também será de força tarefa para a criação e implantação do Plano de Políticas para Mulheres no estado e nos municípios. Entre as atrações do Dia Internacional de Luta das Mulheres, 8 de março, estão um ato às 17h, com concentração na praça XV e o bate-papo “Vamos falar sobre feminismos?” com Clair Castilhos, secretária executiva da Rede Nacional Feminista de Saúde, às 19h, no bar Tralharia. No mesmo encontro será lançada a campanha de financiamento colaborativo “Portal Catarinas” por um coletivo de jornalistas. O dia termina com a apresentação da peça “Boneca de Pano”, no Sesc Prainha, às 20h, pela companhia de teatro feminista “Em Companhia das Mulheres”. A peça segue no dia 9 e tem entrada gratuita. O Dia de Luta das Mulheres é comemorado há 41 anos, quando foi instituído pela ONU em homenagem às 129 trabalhadoras queimadas vivas numa indústria têxtil em Nova Iorque, em 1857. O massacre foi uma resposta dos patrões às manifestações das mulheres pela redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas, contra as condições insalubres e salários inferiores aos dos homens. A campanha relembra a data ao trazer a mensagem das mulheres em luta pelo fim da violência e pelo direito de ser mulher. “O homem não é dono da mulher e precisa aprender isso. Viver uma vida em paz e sem violência é direito de todas”, afirma Rosemere Luz, uma das homenageadas que teve a filha de 24 anos, Quenia Rosa, assassinada pelo ex-companheiro. Eunice Antunes, cacica da Terra Indígena do Morro dos Cavalos, ficou surpresa ao saber que seria uma das homenageadas. Kerexu Yxapyry é a única mulher entre os líderes guaranis no estado e acredita que as mullheres são tão capazes quanto os homens. Segundo ela, não é comum comunidades guaranis serem chefiadas por mulheres, especialmente em Santa Catarina. “As mulheres sempre foram consideradas inferiores aos homens. Só agora estão tendo visibilidade e voz ativa na sociedade. Vivemos uma era feminina, onde as mulheres de todas as etnias se destacam em todas as áreas. Será mais fácil para as mulheres no futuro”, afirma. Kelly Vieira,...

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