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Estudo mostra que brasileiro está fumando menos, mas ainda é sedentário e se alimenta mal

18/04/2011
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que o brasileiro está fumando menos, mas permanece sedentário e tem alimentação pouco saudável. O estudo foi divulgado hoje (18) pelo Ministério da Saúde. De acordo com os dados, a proporção de fumantes na população caiu de 16,2% para 15,1% no período de 2006 a 2010, com redução entre os homens. Na população masculina, o hábito de fumar caiu de 20,2% para 17,9%, enquanto as mulheres registraram um índice estável de 12,7%. O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, admite que a queda na prevalência de fumantes no país é “lenta”. Segundo ele, a preocupação maior está no fato de que pessoas com menor escolaridade (até oito anos) fumam mais – 18,6% em relação às mais escolarizadas (12 anos ou mais). “Grande parte do êxito brasileiro se deve à propaganda, mas cremos que podemos ir mais além”, disse, ao se referir às imagens de uso obrigatório em maços de cigarro que alertam para os problemas associados ao tabaco. Em relação aos hábitos alimentares dos brasileiros, a pesquisa mostra que a população está consumindo menos feijão (importante fonte de ferro e fibras) e mais leite integral, além de carne com gordura aparente. O índice de adultos que consomem feijão pelo menos cinco dias da semana, por exemplo, passou de 71,9% em 2006 para 66,7% em 2010. Outro fator considerado preocupante pela pasta trata do consumo da quantidade recomendada de frutas e hortaliças – cinco porções diárias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os alimentos, nessas proporções, são consumidos por apenas 18,2% da população. A Vigitel Brasil 2010 revela também que 14,2% dos adultos no país são sedentários e, portanto, não praticam nenhum tipo de atividade física durante o tempo livre, durante o deslocamento para o trabalho ou durante atividades como a limpeza da casa. Apenas 14,9% dos entrevistados declararam ser ativos em tempo livre. Os dados indicam ainda que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assistem à televisão mais de três vezes ao dia. Esta é a quinta edição da pesquisa, realizada desde 2006 por meio de entrevistas telefônicas com adultos (maiores de 18 anos). Em 2010, 54.339 pessoas foram ouvidas – cerca de 2 mil para cada capital brasileira. Paula Laboissière / Repórter da Agência...

Aos 15 anos, massacre de Carajás segue símbolo de lentidão da Justiça

18/04/2011
15 anos depois das 19 mortes de trabalhadores rurais, o massacre de Eldorado dos Carajás segue como símbolo de lentidão do Judiciário e de falta de independência de magistrados em relação a poderes locais. Enquanto celebram a memória das vítimas de policiais militares no sul do Pará, movimentos que lutam pela reforma agrária lembram que não há ninguém cumprindo pena pelo episódio. “Isso é um atestado de incompetência e de inoperância da Justiça brasileira”, lamenta José Batista Afonso, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que acompanhou os julgamentos ocorridos em 2000 e 2002. O primeiro julgamento, conduzido pelo juiz Ronaldo Vale, foi anulado pelo Tribunal de Justiça paraense, que reconheceu haver clara tendência do magistrado em absolver os policiais. No segundo, houve dificuldade para encontrar juízes dispostos a se envolver na questão. A juíza que por fim aceitou comandar o júri determinou a retirada dos autos de um laudo pericial fundamental para a comprovação dos crimes, o que resultou em novo adiamento. Em 2002 os comandantes da operação, o coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, foram condenados a cumprir 228 e 154 anos de prisão, respectivamente. Outros 152 policiais acabaram absolvidos. “Não foi por acaso porque em toda a instrução do processo não houve produção de provas que pudessem exigir a condenação dos policiais”, acusa Afonso. Até hoje, Pantoja e Oliveira não cumpriram um dia de pena, ancorados em habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Tampouco foi possível processar o governador Almir Gabriel (PSDB) e o secretário de Segurança Pública, Paulo Sette, responsáveis pela ordem de repressão dos integrantes do MST que fechavam uma rodovia. Eles pretendiam marchar a pé até Belém, onde protestariam pela desapropriação para fins de reforma agrária da fazenda Macaxeira, em Curionópolis (PA). “O que a gente espera é que se faça justiça. Condenação de quem deve ser condenado. Reparação das famílias que são vítimas. Acompanhamento médico e psicológico”, ressalta Ayala Ferreira, da coordenação estadual do MST. Ela e os mais de setenta sobreviventes emitiram esta semana um manifesto exigindo que os responsáveis pelo massacre cumpram suas penas. A intenção é, também, chamar atenção para o fato de que não foi realizada uma reforma agrária efetiva no estado, motivo de todas as movimentações que precederam o massacre. Poucas mudanças A Comissão Pastoral da Terra faz um levantamento anual dos conflitos agrários no Brasil. Desde 1995, 205 trabalhadores rurais foram assassinados no Pará em 459 fazendas ocupadas por 75.840 pessoas. 25 mil mil famílias continuam acampadas à espera de assentamentos em áreas que, somadas, ultrapassam um milhão de hectares. “Imediatamente após o massacre, com pressões nacionais e internacionais, o governo se viu forçado a promover alguns assentamentos....

Dilma faz balanço da viagem à China e destaca acordos

18/04/2011
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (18) que o Brasil alcançou os principais objetivos durante a visita à China na semana passada. Segundo ela, o país conseguiu abrir as portas para que mais produtos brasileiros tenham entrada garantida no país oriental. “A viagem foi bastante proveitosa”, disse. Em seu programa semanal Café com a Presidenta, Dilma destacou ainda acordos importantes em áreas como ciência e tecnologia, além de negócios fechados com empresários asiáticos. “São investimentos que, além de trazer dinheiro e novas tecnologias, também vão gerar emprego para milhares de trabalhadores”, explicou. A presidenta ressaltou que será preciso investir na capacitação de trabalhadores brasileiros para que o país possa atender às demandas, sobretudo no setor de tecnologia da informação. Para ela, a entrada de empresas chinesas deverá baratear produtos como celulares, televisores e tablets. “[Estou] muito satisfeita. Acho que foi um salto de qualidade em nossas relações, mas queremos mais. Hoje, vendemos muita matéria-prima para a China. Queremos vender a matéria-prima, mas também queremos vender produtos mais elaborados”, destacou. Sobre a reunião do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Dilma afirmou que o encontro foi importante e que temas como o desenvolvimento dos países, o combate à pobreza, o comércio mundial mais equilibrado e o controle da especulação financeira foram debatidos. Ouça aqui a íntegra do programa Café com a Presidenta Agência...

ONU e Líbia fecham acordo para presença humanitária em Trípoli

18/04/2011
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, anunciou hoje (18) que será possível enviar ajuda humanitária à Líbia. Ele disse que foi fechado um acordo entre as autoridades líbias, a subsecretária-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Valerie Amos, e o enviado especial ao país, Abdel Elah Al Khatib, permitindo o apoio aos civis. A ONU estima que aproximadamente 3,6 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária. De acordo com Ban Ki-moon, US$ 310 milhões foram reservados para ajudar a Líbia, mas até o momento apenas 41% foram repassados. As informações são das Nações Unidas. Apesar do acordo, o secretário-geral insistiu novamente para a imposição “imediata” de um cessar-fogo na região. De acordo com ele, mais de 500 mil pessoas fugiram da Líbia nas últimas semanas e pelo menos 330 mil se deslocaram no próprio país na tentativa de escapar dos conflitos. Desde fevereiro, oposição e as forças leais ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, enfrentam-se. A oposição insiste que Khadafi deve deixar o poder, depois de quase 42 anos no cargo. Mas o presidente rebate a possibilidade e reage à pressão.   "É absolutamente necessário que as autoridades líbias parem de lutar e matar pessoas", apelou Ban Ki-moon, após reunião em Budapeste, na Hungria, para tratar principalmente desse assunto. De acordo com ele, o fim dos confrontos deve ocorrer paralelamente à assistência humanitária prestada pela ONU. Na visita a Trípoli, os enviados das Nações Unidas, Al Khatib e Valerie Amos, reuniram-se com dois assessores de Khadafi – o primeiro-ministro líbio, Mahmoud Al Baghdadi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ati Abdel Al Obeidi. Os conflitos na Líbia começaram com uma onda de protestos que faz parte de um movimento contra os regimes ditatoriais e em favor da democracia, que domina vários países do Norte da África e do Oriente Médio. O primeiro a renunciar foi o então presidente da Tunísia, Zine Ben Ali, seguido pelo do Egipto, Hosni...

FHC tira a máscara quando diz que o povo não lhe interessa, diz parlamentar

14/04/2011
O deputado Fernando Marroni (PT-RS) lamentou, em discurso no plenário, declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicada em veículos de comunicação, onde FHC afirma que "a oposição deve desistir do povo e pensar na classe média". Fernando Marroni afirmou que com a declaração, "o tucano FHC definitivamente tirou a máscara quando disse que o povo não lhe interessa". Na avaliação de Marroni, as declarações do ex-presidente tucano deixam clara a mentalidade de seu partido e da oposição no Brasil, de um modo geral. "Os grandes caciques da direita brasileira não se preocupam em escancarar a sua posição de defesa das classes sociais mais favorecidas. O recado de FHC é direcionado para os correligionários no Congresso Nacional, para que parem de fazer teatro e não mais tentar defender o povão", ressaltou. Na época da votação do salário mínimo, acrescentou Fernando Marroni, "deputados do PSDB e do DEM subiram na Tribuna para dizerem que estavam ao lado do trabalhador, se intitularam defensores do trabalhador. E, agora, FHC faz o favor de acabar com toda essa farsa e colocar a Casa em ordem", disse. Para Marroni, a declaração de FHC para que os correligionários parem de pensar no povão e pensem na classe média, já chega tarde. "Isso porque o governo do ex-presidente Lula cuidou do povão e também da classe média e até dos ricos. E a presidenta Dilma continua cuidando do Brasil. E o povão, FHC, está diminuindo. Quem era povão está virando classe média. Graças, em muito, ao Bolsa Família, programa que a oposição também criticou, mas que diminuiu consideravelmente o número de brasileiros que viviam na miséria. E, hoje, o repasse do Bolsa Família é maior que o salário mínimo pago no final do governo FHC", lembrou o deputado Fernando Marroni. Site da Liderança do...

Dilma e líderes do Brics defendem mudanças no sistema monetário internacional

14/04/2011
Em Sanya, no Sul da China, a presidente Dilma Rousseff e os demais chefes de Estado dos países que compõem o Brics – a Rússia, Índia, China e, partir desta quinta-feira (14), a África do Sul – defenderam mudanças no sistema monetário internacional, o estabelecimento de um sistema monetário estável, confiável, com ampla base internacional de reserva. A posição foi referendada no comunicado Declaração de Sanya. As informações são da agência estatal da China, a Xinhua. "A crise financeira internacional expôs as insuficiências e deficiências do atual sistema monetário e financeiro internacional", diz a declaração emitida depois da reunião de cúpula dos líderes dos países do Brics. Para Dilma Rousseff, o presidente russo, Dmitry Medvedev, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, é fundamental alterar as estruturas do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional) considerando os avanços alcançados por esses países no cenário internacional. O assunto foi tema da terceira cúpula dos países do Brics, reunidos na China. Para os presidentes e o primeiro-ministro indiano, a estrutura de gestão das instituições financeiras internacionais deve refletir as mudanças na economia mundial e aumentar a voz e a representação das economias emergentes, bem como as nações em desenvolvimento. Os líderes dos cinco países apelaram ainda para que sejam intensificadas a fiscalização financeira internacional e a reforma para melhorar a coordenação política, bem como a regulação financeira e supervisão de cooperação para promover o desenvolvimento dos mercados financeiros e sistemas bancários. Durante a reunião hoje, Dilma, Hu Jintao, Medvedev, Singh e Jacob discutiram a recuperação econômica mundial – que até o fim do ano passado ainda estava sob a sombra das incertezas causadas pela crise que atingiu principalmente os Estados Unidos e outros países ricos. Segundo os líderes, as principais economias devem coordenar suas políticas macroeconômicas para estimular um crescimento seguro, sustentável e equilibrado de forma global. Juntos, os países que compõem o Brics representam 40% da população mundial e 18% do comércio do mundo. De 2003 a 2010 houve um aumento de 575% na corrente de comércio entre o Brasil e os países do Brics (as trocas passaram de 10,71 bilhões de dólares em 2003 para 72,23 bilhões de dólares em 2010). Cálculos preliminares indicam que o comércio total entre esses países passou de 38 bilhões de dólares em 2003 para 143 bilhões de dólares em 2009 e para 220 bilhões de dólares, em 2010.   Site Opera...

Aprovado salário maternidade às funcionárias de microempresas

14/04/2011
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou um projeto de lei, que permite que o salário maternidade das trabalhadoras de micros e pequenas empresas, sejam pagos no valor integral, pela Previdência Social. Atualmente, o salário maternidade pago pelas microempresas exige compensação posterior pelo INSS. Para o senador Lindbergh Farias (PT/RJ) essa medida vai estimular a contratação nas empresas, com até dez funcionários. “Já existe o pagamento do salário-maternidade em alguns casos, o pagamento direto, no caso das micros e pequenas empresas a compensação pode prejudicar muito o pequeno empreendedor, então com certeza isso facilita a vida das pessoas, e facilita a vida do pequeno empresário de até dez funcionários, então é um projeto louvável”. A proposta segue direto para a Câmara dos Deputados, sem precisar passar pelo Plenário da Casa. (Bruno Costa – Portal do...
Lula, em Londres, responde FHC: ‘Todos os brasileiros são do povão’
14/04/2011
O ex-presidente Lula comentou em Londres, nesta quinta-feira (14), as recentes declarações de Fernando Henrique Cardoso. Em artigo publicado nesta semana, FHC escreveu que se os tucanos continuarem tentando dialogar com o "povão", acabarão "falando sozinhos". Na opinião dele, o PSDB deve investir "nas novas classes médias". Para Lula, as afirmações foram incompreensíveis. "Eu, sinceramente, não entendi o que ele quis dizer. Nós já tivemos políticos que disseram preferir cheiro de cavalo do que de povo. Agora, tem um ex-presidente que fala para não ficar atrás do povão, esquecer o povão", disse o petista, citanto declaração do general João Batista Figueiredo, o último presidente durante a ditadura militar. Lula foi além, e disse: "Não sei como alguém que estudou tanto, depois diz que quer esquecer do povão. O povão é a razão de ser do Brasil. E do povão fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres, porque todos são brasileiros". Oposição Lula disse que o PT saiu ainda mais fortalecido das últimas eleições e que isso está incomodando a oposição. No entanto, ressaltou que isso faz parte do processo democrático e lembrou que também já esteve do lado enfraquecido. "O governo não engoliu a oposição. O que aconteceu é que ele saiu mais forte do processo eleitoral. Mas isso é assim mesmo. Eu já fui oposição com apenas 16 deputados. Ou seja, também já fui pequeno" Lula ainda declarou que "a oposição precisa saber que o povo brasileiro não aceita mais uma oposição vingativa, com ódio, negativista. O que o povo brasileiro quer é gente que pense com otimismo no Brasil. Afinal de contas, a gente conquistou um ponto de auto-estima que não pode recuar mais. E é isso o que a oposição não compreende". Discurso Lula discursou nesta manhã na capital do Reino Unido para investidores e acionistas do Grupo Telefonica. Durante o evento, Lula destacou as oportunidades de investimento na América do Sul e o desempenho da economia brasileira nos últimos anos. Sobre a escalada da inflação, o ex-presidente disse não estar preocupado e destacou que a meta de 4,5% estabelecida em seu governo prevê margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo. "Por isso estamos dentro da meta e a presidenta Dilma já tomou as medidas para controlá-la. Não tenho medo que a inflação volte", garantiu. Lula deixa a capital britânica no início da tarde de hoje com destino a Espanha. No país, ele recebe o prêmio Libertad na sexta-feira. Na sequência, terá encontros privados com o presidente do Grupo Telefonica, Cesar Alierta, e com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Ele fica em Madrid até sábado e vai acompahar a partida entre Real Madrid e Barcelona, no...

Brasil não vê consenso no Brics sobre Conselho da ONU e commodities

14/04/2011
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira (14) que a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a resposta à alta flutuação dos preços das commodities são temas sobre os quais não há total consenso entre os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, a partir de hoje, África do Sul). Mesmo assim, os dois assuntos foram citados no comunicado conjunto divulgado após a reunião dos líderes do grupo em Sanya, no Sul da China. “Esse é um fórum de coordenação, debate. Não há uma superposição exata de posições sobre temas que aparecem no comunicado conjunto”, disse Patriota. Ainda assim, Patriota disse que encontrou-se um “meio do caminho” no grupo sobre a questão da reforma do Conselho de Segurança. No documento, os países defendem uma mudança no órgão, mas não apoiam explicitamente Brasil, Índia ou África do Sul como futuros membros permanentes (China e Rússia já o são). “Se houvesse uma superposição exata, todo mundo apoiaria uma reforma com tais e tais membros permanentes. Chegou-se a uma fórmula que é uma espécie de meio do caminho que, na nossa perspectiva, é satisfatória e também não prejudica outras preocupações”, declarou Patriota. “Na questão das commodities é a mesma coisa”, disse o chanceler. A “volatilidade excessiva dos preços das commodities” foi citada no comunicado conjunto como um risco à recuperação global. Houve ainda uma menção vaga de apoio aos esforços da comunidade internacional em busca da estabilidade. O Brasil é contra a criação de mecanismos que tentem controlar preços de commodities, posição semelhante à de outros países de economias exportadoras desses produtos primários cujos preços são negociados no mercado internacional. “Existe uma preocupação comum de que esse debate não seja desviado para questões que não sejam aquelas que nós gostaríamos de examinar, como o papel dos derivativos, e (existe a percepção de) que a segurança alimentar e energética são temas prioritários”, disse Patriota. O documento contempla a preocupação do Brasil, ao dizer que “a regulação do mercado de derivativos de commodities deverá ser adequadamente reforçada de modo a evitar atividades capazes de desestabilizar os mercados”. Patriota disse também ver de forma positiva a entrada da África do Sul para o grupo do Brics e sua menção ao lado do Brasil e da Índia no contexto do Conselho de Segurança. “O ingresso da África do Sul tem sabor de nova multipolaridade”, disse. “Na medida em que há cada vez mais um consenso de que estamos em um mundo mais multipolar e que as potências emergentes são atores incontornáveis, é meio inevitável que a reforma do Conselho de Segurança aconteça em algum momento”, afirmou. Questionado sobre quando a reforma ocorreria, Patriota disse...

Empresa chinesa investirá US$ 12 bi e vai gerar 100 mil empregos no Brasil

13/04/2011
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (12) um projeto de investimento no valor de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 18,9 bilhões) da empresa chinesa Foxconn na área de tecnologia da informação do Brasil. Com duração de seis anos, o investimento será voltado para produção de telas usadas em equipamentos como celulares de terceira geração e iPads. A Foxconn é o maior fornecedor de produtos da Apple na China. As informações são da BBC Brasil. Se o investimento for concretizado, a fábrica será a primeira do tipo no hemisfério ocidental. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, disse que o investimento deverá gerar 100 mil empregos, entre eles, para 20 mil engenheiros. Além disso, a Foxconn, que ainda não escolheu local para o investimento no Brasil, pretende construir uma "cidade do futuro" para 400 mil pessoas, onde será instalada a fábrica. "Precisa de fibra ótica, infraestrutura, banda larga. É algo extremamente sofisticado", disse Mercadante, listando parte do que o governo ainda precisará fazer. O governo destacou agora uma comissão que vai se dedicar a negociar os detalhes com a empresa, afirmou o ministro. Mercadante destacou ainda que o acordo para o investimento inclui pontos fundamentais para o governo, como transferência de tecnologia e sócio brasileiro, que ainda não foi definido. Este sócio entraria com parte dos recursos, mas, segundo o ministro, a Foxconn está disposta a investir "pesado". O volume de investimento prometido pela Foxconn, que seria distribuído ao longo de um período, equivale a quase o total de investimentos da China no Brasil em todo o ano de 2010, quando o país, segundo levantamento da entidade americana Heritage Foundation, que acompanha o destino final dos investimentos chineses, recebeu cerca de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) de investidores diretos vindos da China. A maior parte dos investimentos, 85%, foram para áreas de recursos naturais, como petróleo e mineração. A promessa de investimento da Foxconn foi comemorada pelo governo como mais um êxito na tentativa de atrair para o Brasil investimentos para geração de maior valor agregado. A presidenta citou ainda os investimentos, também no ramo da tecnologia da informação, da Huawei e da ZTE, entre US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) e US$ 400 milhões (R$ 630 milhões) e também um investimento de US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) na construção de uma planta de processamento de soja na...

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