Reunidas nesta quinta-feira (7) no centro de São Paulo para um ato em prol do trabalho decente, as centrais sindicais aproveitaram para fazer campanha e pedir votos para a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Nos discursos, em meio a gritos de “trabalho decente, com Dilma presidente”, os participantes do encontro faziam advertências de que a eventual vitória do tucano José Serra no segundo turno representaria um “retrocesso” para os trabalhadores e para o próprio país.
Estiveram presentes membros da CUT (Central Única dos Trabalhadores), da Força Sindical, da UGT, da CGTB, da CTB e da Nova Central.
O presidente da CUT, Artur Henrique, disse que o PSDB, enquanto esteve no governo federal, desmontou e destruiu o Estado brasileiro.
– Não queremos a volta daqueles que desmontaram, destruíram o Estado brasileiro, que criminalizaram o movimento sindical e nunca construíram uma mesa de diálogo. Nunca fomos respeitados no governo do [ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso.
Segundo ele, os sindicalistas apoiam a candidata do PT por entenderem que os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxeram benefícios para a classe trabalhadora, como a geração de 14 milhões de empregos formais, a política de reajuste do salário mínimo e a ampliação da oferta de crédito.
O presidente da CUT afirmou que a entidade está preparando uma série de mobilizações até o dia 31 deste mês, quando ocorre o segundo turno, com o objetivo de pedir votos para Dilma.
– Vamos para a porta da fábrica, das moradias, escolas e postos de saúde para dizer que é importante votar em quem tem compromisso com a classe trabalhadora. Vamos fazer manifestações todos os dias até 31 de outubro.
Aparecido Moraes, diretor da CGTB, disse que as centrais estão discutindo a criação de um comitê sindical para organizar atos pró-Dilma.
– Nos últimos oito anos foram gerados milhões de empregos, houve uma recuperação do salário mínimo, e são coisas que ajudam a implementar o trabalho decente. Os sindicatos apoiam Dilma em função disso.
Segundo ele, os sindicalistas devem montar um calendário de mobilizações, com panfletagens e agitação em estações de metrô, trem e terminais rodoviários.
As centrais negam que haja qualquer articulação direta com o PT ou a campanha de Dilma. São ações “espontâneas”, garantem.