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A votação da proposta do novo Código Florestal (PL 1876/99) no plenário da Câmara ficou para a semana que vem. Depois de um dia inteiro de negociações, os deputados decidiram transferir a votação para permitir uma análise mais detalhada do texto final do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresentado no final da noite desta quarta-feira (11).

De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) não há prejuízo transferir a votação para a próxima terça-feira (17).

“”Esse é um tema muito sério para o País e a maioria dos líderes decidiu que era melhor adiar para estudar melhor o texto. Não podemos permitir o comprometimento do equilíbrio necessário, que é uma agricultura pujante e ao mesmo tempo um desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável. Vamos articular e dialogar com base aliada para que não haja uma quebra do País do rumo que foi construído pelos acordos que já conseguimos sobre o tema””, destacou.

O líder da bancada do PT, deputado Paulo Teixeira (SP) afirmou que a decisão de transferir a votação é uma questão de cautela, pois ainda não há “”amadurecimento do texto final”” que sofreu modificações. “”Há uma situação de mudança de texto que altera os conteúdos. O primeiro texto que recebemos tínhamos concordância porque representava o acordo fechado hoje à tarde. Depois, foi apresentado outro texto com mudanças de conteúdo e isso indicou que é preciso cautela na votação e ainda temos que ter coesão entre os partidos da base do governo para esse enfrentamento””, explicou.

Ainda de acordo com o líder petista, outro fator que justifica o adiamento é a emenda que os partidos de oposição pretendiam apresentar e que “”desvirtuaria”” o texto acordado. “”Essa emenda da oposição praticamente anistia todos os desmatadores e, com isso, desprestigia aqueles que preservaram durante todos esses anos. A oposição não quer um código equilibrado e isso vai fazer mal para o País. Achamos melhor não votar de forma açodada””, disse Paulo Teixeira.

Para o líder do PT “”não se pode votar nada que seja uma sinalização de que estamos rasgando o Código Florestal””. “”A responsabilidade é que temos que fazer as modificações de forma cuidadosa, que fortaleça a nossa força ambiental e igualmente nossa agricultura. Não queremos que qualquer mudança no código sinalize que possa haver desmatamento.

Então, vamos analisar o texto e só vamos votar quando tivermos a segurança que é um código equilibrado””, reiterou Paulo Teixeira.

Na avaliação do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), coordenador do grupo de trabalho da bancada do PT que analisou as mudanças na proposta do Código Florestal, “”frente a dimensão do significado dessa votação, não é uma semana a mais que vai prejudicar os trabalhos””, disse.

Publicado em 12/05/2011 -

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