O cenário brasileiro de eleições municipais em 2012 e de Congresso da CUT forma os demarcadores do 32º Coletivo Regional Sul, que reuniu 45 dirigentes formadores ou articuladores e assessorias de formação entre os dias 6 e 8 de dezembro. Nos desafios, a execução da Política Nacional de Formação na região sul, à luz do ENAFOR, a articulação da rede sul de formação para implantar a PNF, reafirmando o papel da formação na disputa de hegemonia na sociedade e a liberdade e autonomia sindical.
Os coletivos estaduais avaliaram como muito positiva a estratégia dos Cursos de Organização e Representação Sindical de Base (ORSB), que totalizaram 36 turmas na região em 2011. Para esses cursos foi recomendada a produção e atualização de material pedagógico com uma linguagem mais simples, como conteúdos das lutas sindicais da região e que represente a realidade das diferentes categorias e ramos. Outro desafio é a produção de vídeos e a retomada da produção de relatórios das atividades realizadas.
Embora cada estado tenha realidades específicas, o fator positivo é a ajuda entre as Secretarias Estaduais de Formação e da Escola Sul na preparação e formação dos dirigentes educandos. A recomendação é que um dos temas seja a plataforma da classe trabalhadora, já que é ano eleitoral.
A Coordenadora de Formação da Escola Sul, Adriana Maria Antunes de Souza,avalia que o grande avanço do encontro foi a decisão de utilizar a Educação à Distância como uma ferramenta para a formação continuada dos dirigentes formadores. “É um salto muito positivo para a qualificação permanente dos formadores, especialmente nos temas transversais e específicos como saúde do trabalhador, gênero, juventude, combate ao racismo etc. Será também um espaço para construção e socialização de metodologias, recursos (textos, vídeos, etc). Além de qualificar nossa atuação na formação cutista permitirá que o conjunto da rede da região sul tenha uma identidade de conteúdo e metodologia”.
Sobre o financiamento, o desafio da região é o debate sobre a auto-sustentabilidade da formação, dialogando com as direções estaduais, das regionais e sindicatos. Foram sugeridas: cobrança de inscrição, rateio entre todos os sindicatos e hospedagem solidária.
Sobre a gestão da rede, os três estados apontaram reuniões dos coletivos estaduais no início de 2012 para o encaminhamento das propostas com um planejamento dos próximos módulos e troca de experiências. Foi definido e encaminhado o uso do Conexão Sindical para a comunicação da rede.
O Coletivo do Paraná apontou a necessidade de trazer novos atores para a rede de formação, bem como a necessidade de ter um método de sistematização e avaliação. Irão pensar uma tese para o congresso estadual e dialogarão sobre perfil do novo secretário em consonância com as ideias acumuladas pelo Coletivo.
No Coletivo do Rio Grande do Sul foram divididas as responsabilidades, com um grupo de formadores e um grupo de apoio /articuladores e pensadas novas turmas de ORSB.
Um banco de dados próprio para gestão da rede foi uma das contribuições do Coletivo de Santa Catarina. Avaliaram a necessidade de avançar para garantir turmas mais participativas e a manutenção do relatório dos/as formadores/as.
Sobre a Escola Sul, foi sugerido que deve centrar a atuação da equipe de formação em atividades regionais, na produção de textos e subsídios para as atividades da rede, além de preparar formadores do ORSB e os Seminários Temáticos. Foi encaminhado que o tema do Socialismo seja permanente, sendo que o próximo Seminário seja de caráter internacional, articulado com a Secretaria de Relações Internacionais (SRI/CUT), Secretaria Nacional de Formação (SNF/CUT) e a Central Sindical das Américas (CSA). A Escola terá o papel de articular a rede, utilizando inclusive a ferramenta do Conexão Sindical, através do Grupo “Coletivo Regional Sul de Formação”, e também de implementar o curso de educação à distância.
Entre as tarefas da Escola Sul, a coordenadora geral, Sônia Solange Vianna destacou o acompanhamento das oficinas estaduais e regional para planejamento, atualização de conteúdo e metodologia do ORSB, uma nova estratégia para o Formação de Dirigentes Formadores, que dê conta da multiplicação na rede, a garantia da continuidade do DPPAR e a realização do curso de Negociação e Contratação Coletiva (NCC). “Dentro dos desafios, nosso papel é contribuir para avançar na relação com os ramos, construindo Planos de Formação específicos e articulados com as SEFs, realizando um encontro de formação no início de 2012.
A coordenadora administrativa Rose Gomes avalia que a rede precisa se estruturar para atender aos desafios. “Estamos buscando mais uma pessoa na equipe de formação para ampliar a assessoria às SEFs”. Anunciou ainda a reformulação do site da Escola, em conjunto com a SECOM/CUT, que vai contribuir na visibilidade e subsídio à rede. Em fevereiro será realizado o planejamento da Escola e sistematizado o Plano Regional de Formação para 2012, bem como sua agenda e previsão de recursos, atendendo aos prazos da Secretaria Nacional de Formação (SNF/CUT).
Por: Vera Gasparetto
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