Com bandeiras vermelhas, cartazes com reivindicações e muita energia para lutar, mais de 450 trabalhadores e trabalhadoras, de todas as regiões de Santa Catarina, deram início ao 12º Congresso Estadual da CUT-SC – CECUT.
O Congresso começou na manhã do dia 19 de agosto, no Hotel Canto da Ilha, em Florianópolis e vai até a tarde do dia 21. Com o objetivo de definir as ações estratégicas da central e eleger a nova direção da CUT-SC, a maior central dos trabalhadores de Santa Catarina, reservou esses três dias para debates e avaliar suas ações, frente os recorrentes ataques aos direitos dos trabalhadores.
A mística de abertura trouxe como reflexão a importância da luta para garantia dos direitos dos trabalhadores, com imagens de crianças perguntando sobre direitos e de trabalhadores saindo do seu local de trabalho para ir à luta. O momento ficou marcado pela importância da unidade e de que é preciso força nesse período de enfrentamento.
A mesa de abertura contou com a representação de todos os ramos que compõem a CUT-SC, de representantes de movimentos sociais, dos deputados estaduais de Santa Catarina que são comprometidos com a pauta dos trabalhadores e da CUT nacional.
Vilson Santim coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Santa Catarina, MST, chamou á todos para a unidade. “Precisamos garantir a democracia, somente na democracia que podemos lutar, mas precisamos ampliar essa democracia que aí está. Esse é o momento de nos fortalecermos. Muita união, luta, esperança. Precisamos unir as forças, nas ruas e nas lutas!”, declarou Santim.
A assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos – OEA, Ideli Salvatti, que é catarinense e já fez parte da direção da CUT-SC, trouxe uma reflexão sobre os enfrentamentos que diversos países da América frente aos ataques do sistema capitalista. “Todos os governos compromissados e comprometidos estão tendo enfrentamento. Esse enfrentamento não é só agora e não só é aqui! Não existe na história do nosso país, nenhum outro momento que o mesmo projeto tenha se segurado no tempo que estamos segurando. É no voto que a gente ganha, é no voto que a gente segura.”, frisou a ex-ministra.
O comerciário de Xanxerê e presidente da CUT-SC Neudi Giachini, destacou a importância do Congresso para a classe trabalhadora catarinense. “O Congresso tem uma grande responsabilidade de pensar e construir políticas para os próximos quatro anos, anos estes que não serão fáceis. Teremos que fazer muita luta, muito enfrentamento para garantir os direitos que já temos e lutar por muitos outros”, declarou Neudi.
A agricultora familiar e Secretária de Comunicação da CUT nacional, Rosane Bertotti, chamou para que todos venham para a luta. “Usamos a camisa vermelha com muito orgulho, já fizemos muita história, já conquistamos muito para a classe trabalhadora e vamos continuar a conquistar. Precisamos dizer para os nossos netos onde nós estávamos no momento da luta, é nossa responsabilidade deixar um país melhor para todos e todas”, salientou a catarinense.
Na programação do Congresso estão diversos debates e trabalhos de grupo para avaliação do texto que será o texto base para os próximos quatro anos. “O texto base escrito a muitas mãos, define o plano de lutas da central e os rumos da maior central dos trabalhadores de Santa Catarina”, explicou Neudi.
Fonte: Sílvia Medeiros/CUT SC
“