Você não está satisfeito com a política do nosso país? Os políticos te representam? Essas foram algumas das perguntas da atividade de rua realizada no dia 09 de junho, em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis, organizada pelo Comitê Estadual do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva Soberana do Sistema Político, a panfletagem movimentou uma das principais praças da capital catarinense.
Uma música ao fundo dizia o “O povo quer estar no poder, o povo quer participar por isso vamos construir o plebiscito popular”, as pessoas passavam e paravam, em seguida eram abordadas por um homem de rosto pintado e vestido de verde, que se apresentava como “Sr. Plebiscito” e outro de terno e gravata e uma mala cheia de dinheiro, chamado de “Sr. Deputado”.
O “Sr. Plebiscito” explicava para as pessoas por que é necessária uma Reforma Política, comentava da falta de representação dos trabalhadores nos espaços de decisão, da necessidade de fazer uma consulta ao povo para saber se todos querem a mudança do sistema político brasileiro e aproveitava o espaço para convidar a todos para participar do Plebiscito Popular, que vai acontecer na primeira semana de setembro.
Agora o “Sr. Deputado” chegava de mansinho, com um sorriso no rosto e pedindo para as pessoas não mudarem as regras do jogo, que para ele estava bom, que não precisava de mais dinheiro para saúde e educação, que ele ganhava muito dinheiro das empresas e esse negócio do povo participar não iria dar muito certo.
E o povo participou! Eles perguntavam e queriam saber mais detalhes do Plebiscito, das coletas de votos, da eleição da Constituinte, da possibilidade de, enfim, o povo eleger os seus representantes no Congresso Nacional!
Jackeline Arantes representante da Marcha Mundial das Mulheres e uma das organizadoras do Comitê Estadual do Plebiscito, destaca que este ato faz parte do calendário nacional de atividades que sugere que todo dia 07 de cada mês aconteçam eventos nos estados, a fim de dialogar com a população da importância de uma Reforma Política no Brasil. “Antes da primeira semana de setembro, nós queremos ir nas praças, assembleias, encontros, reuniões para conversar com toda a população da importância da política em nossas vidas e a necessidade de fazer uma reforma que possibilite o acesso do povo na política brasileira”, observou Jackeline.
Atualmente mais de 70% dos deputados são fazendeiros e empresários, sendo que a grande maioria da população é composta de trabalhadores e camponeses. Apenas 9% da bancada é composta de mulheres e apenas 8,5% de negros. Os jovens são apenas 3% e no eleitorado brasileiro representam 40%. “Precisamos de um novo sistema político, para que o povo verdadeiramente esteja no poder”, declarou Jackeline.
Escrito por: Sílvia Medeiros/CUT-SC
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