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Entidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estiveram na sede da FECESC, em Florianópolis, onde foi realizada a “Oficina sobre os Setores do Comércio e Serviços nas Fronteiras da Região Sul”

Oficina Contracs em Florianópolis

Nesta quinta-feira, dia 15 de setembro, dirigentes de 14 entidades sindicais do setor de comércio e serviços participaram da oficina organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços – CONTRACS, para debater sobre a situação dos trabalhadores situados nas fronteiras do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A “Oficina sobre os Setores do Comércio e Serviços nas Fronteiras da Região Sul” foi realizada no mini auditório da FECESC, em Florianópolis e, como anfitrião, o presidente da FECESC Francisco Alano deu as boas-vindas aos participantes e assinalou a importância da CONTRACS articular os três estados para organizar a luta conjunta. O presidente da CONTRACS Alci Matos Araújo apresentou aos presentes o objetivo do encontro de se debruçar sobre a condição particular dos trabalhadores em região de fronteira, onde há a convivência com legislações diferentes em locais muito próximos e também diferenças de organização e representação dos trabalhadores dos diferentes países. “Quem são esses trabalhadores, como se dá a ida e vinda nessas fronteiras, quais problemas eles enfrentam em seus ambientes de trabalho? Nós precisamos conhecer esta situação e nos organizar olhando para ela”, afirmou Alci Matos Araújo.

“Há uma completa impossibilidade de integração capitalista da América Latina; essa integração só irá além do âmbito diplomático através da ação dos trabalhadores.” A afirmação é do técnico do Dieese, subseção da FECESC, Maurício Mulinari, na exposição que realiza agora na Oficina sobre os Setores do Comércio e Serviços nas Fronteiras da Região Sul, realizada pela CONTRACS. Ele fez a primeira exposição do painel “Diagnóstico e Legislação nas Fronteiras da Região Sul com Mercosul”, fazendo um pequeno resgate histórico do desenvolvimento urbano nos países da América do Sul e lembrando que as cidades mais desenvolvidas são litorâneas, enquanto as regiões de fronteira entre os países demoraram mais para se desenvolver. “Na América, os países estão de costas uns para os outros, voltados todos para o mar”, afirmou Mulinari.

O segundo palestrante do painel foi o advogado Victor Arruda Pereira de Oliveira, que falou sobre a legislação trabalhista no âmbito do Mercosul. Para Oliveira, os primeiros anos do Mercosul foram marcados pela preponderância da ideologia neoliberal, que colocou como objetivo principal do bloco a livre circulação de mercadorias, sem considerar a peça-chave que move a economia: os trabalhadores. “Um Mercosul com rosto humano, verdadeiramente social, que possibilite a integração dos povos, necessita ampliar o diálogo com entidades representativas da classe trabalhadora e movimentos sociais”, afirmou. O advogado concluiu dizendo que “É preciso lançar uma frente ampla mercosulina em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, do direito ao emprego e à distribuição de renda, do direito à saúde e educação, que combata as políticas ampliadoras das desigualdades sociais e que defenda o desenvolvimento sustentável e os recursos naturais da região contra sua apropriação privatista realizada pelas multinacionais”.

Na parte da tarde foi realizado o painel “Estratégias para ação sindical”, que contou com a participação do assessor da Secretaria de Relações Internacionais da CUT, Thiago Maeda, e do presidente da CONTRACS Alci Matos Araújo.

Maeda falou do cenário internacional para os trabalhadores, lembrando que se já era incipiente a ideia de integração na América Latina, com o golpe no Brasil essa ideia agora acabou. “Há um capital internacional organizado para apoiar esses golpes, desmantelar o Estado, os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores”, afirmou. Ele destacou também o avanço das ideias conservadoras, que com seus preconceitos conseguem colocar trabalhadores contra trabalhadores, minando nossas resistências.

O presidente da CONTRACS Alci Matos Araújo chamou a atenção para a necessidade de articulação das entidades na organização da luta dos trabalhadores. “Sabemos que cada entidade tem sua estratégia de organização e atuação, mas há necessidade de nos contrapormos à situações comuns de agressão aos direitos trabalhistas e de atuação sindical junto a órgãos como os consulados e outros que atendem as fronteiras”, lembrou Araújo.

A parte final da Oficina foi reservada para o trabalho em grupos, onde os dirigentes puderam debater e apontar possibilidades de atuação e também estratégias de mapeamento dos trabalhadores das regiões de fronteiras.

Fonte: Sandra Werle/Assessoria da FECESC

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Oficina Contracs/Florianópolis - set/2016

Oficina Contracs/Florianópolis - set/2016

Oficina Contracs/Florianópolis - set/2016

 

 

Publicado em 16/09/2016 - Tags: , , ,

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