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São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, considerou normal o resultado das eleições presidenciais e acredita que o país terá agora um “”momento extraordinário”” para comparar as diferenças entre as candidaturas. E ele não tem dúvidas quanto às possibilidades de avanço ou de retrocesso. “”Agora o Brasil tem a possibilidade de debater para onde quer ir. O PSDB já administrou o Brasil e jogou o país numa crise extraordinária. O movimento sindical brasileiro sabe o quanto é prejudicial aos trabalhadores a eleição de uma candidatura vinculada ao PSDB””, afirmou.

O sindicalista, que votou ao meio-dia em Sapopemba, zona leste da cidade de São Paulo, avalia que foram para o segundo turno os partidos com maior densidade eleitoral. “”Sabemos que existem no Brasil duas forças antagônicas. É um bom momento para a sociedade debater as diferenças entre os projetos.””

Ele também considera que a derrota de Marina Silva (PSB) não foi surpresa. Para o cutista, Marina teve um “”boom de crescimento”” após a morte de Eduardo Campos, mas não apresentava a mesma densidade eleitoral dos dois principais candidatos. “”Ela está repetindo mais ou menos a votação que teve quatro anos atrás.”” Sobre o destino dos votos de Marina no segundo turno, o presidente da CUT acredita que parte significativa pode rumar para Dilma. “”Um eleitorado anti-PT já se expressou na votação surpreendente de Aécio””, afirma.

O segundo turno, diz Freitas, será uma boa oportunidade para que os eleitores comparem o que foram os anos Lula/Dilma e o governo FHC. “”Para saber, por exemplo, por que Minas Gerais rejeita de forma tão contundente o candidato do PSDB. Agora, tem a possibilidade de debater para onde o Brasil quer ir. Vamos desmascarar para o Brasil inteiro a perseguição que Aécio fez aos trabalhadores em Minas, principalmente na educação.”” Ele lembrou ainda que o atual candidato tucano era presidente da Câmara dos Deputados quando o governo Fernando Henrique apresentou o projeto de flexibilização da CLT – aprovado na Câmara, o texto parou no Senado e terminou arquivado no início do primeiro mandato de Lula.

Já São Paulo é uma “”incógnita nacional””, diz o presidente da CUT, ao eleger o governador Geraldo Alckmin, em um estado “”com estagnação econômica, onde a educação não funciona, a saúde pública não funciona, todos questionam a segurança pública urbana, com crise hídrica””. Para o dirigente, “”fica claro que (São Paulo) é uma trincheira da direita, protegida pela mídia oficial, que impede que o cidadão possa conhecer as mazelas do estado””.

Fonte:  Redação Rede Brasil Atual

Publicado em 5/10/2014 -

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