Evento virtual terá a participação dos rappers Gog e Delacruz, da cantora Ana Cañas e da poeta Kimani
A CUT lança neste sábado (5) a campanha Segue o Fio. Em parceria com a Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB), as ações nas redes sociais têm por objetivo ampliar a sindicalização dos jovens trabalhadores. Além de ressaltar a importância da união da juventude na luta pela preservação dos direitos sociais, que estão ataque durante o governo Bolsonaro.
Com transmissão ao vivo pela TVT, pela Rádio Brasil Atual e pelas redes sociais, a partir das 14h, a campanha conta com a participação dos rappers Gog e Delacruz, da cantora Ana Cañas e da poeta Kimani.
Além do esvaziamento das políticas de acesso ao ensino superior, ao sair da faculdade, a principal dificuldade da juventude é acessar o mercado formal de trabalho. A secretária de Juventude da CUT, Cristiana Paiva Gomes, diz que o sentimento, às vezes, é de “frustração”. Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (4), ela diz que a saída passa pela organização.
“A gente precisa se reinventar, enquanto movimento sindical, para poder chegar na juventude trabalhadora que está na informalidade. Tudo isso passa pela informação e organização. Esse é um dos motivos da campanha. Trazer uma reflexão sobre trabalho, direitos. E sobre a força da juventude.”
Diante do quadro desalentador, ela ressalta, inclusive, que muitos jovens sofrem com depressão. Ela também comentou sobre a “antipolítica” e sobre os ataques que buscam vilanizar a atuação dos sindicatos.
Desemprego e informalidade
Ainda antes da pandemia, os jovens já compunham o grupo da população que mais sofria com o desemprego. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua apontam que, no primeiro trimestre, 27,7% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam em busca de uma vaga no mercado de trabalho. Nos últimos messes, no entanto, esse percentual pode ter chegado a até 40%, segundo especialistas.
Por outro lado, os jovens estão mais expostos ao risco de contaminação pela covid-19, já que os trabalhadores do grupo de risco, em sua maioria, foram afastados ou adotaram o trabalho remoto.
Além disso, sem trabalho com carteira assinada, os jovens também são maioria entre os informais. Atuam, por exemplo, como entregadores de aplicativos, enfrentando longas jornadas, baixa remuneração e nenhum direito.
Fonte: Rede Brasil Atual | Escrito por: Redação RBA | Foto: Reprodução CUT