Taxa de desemprego subiu para 12,5% no trimestre encerrado em abril, segundo o IBGE. País cria empregos em 12 meses, mas grande parte é informal. Subutilizados são 28 milhões e desalentados, 5 milhões
Em um trimestre, de janeiro a abril, o país teve acréscimo de 552 mil desempregados, chegando a 13,177 milhões, segundo o IBGE, que divulgou hoje (31) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. No mesmo período, a taxa de desemprego subiu de 12% para 12,5%. Fica um pouco abaixo de abril de 2018 (12,9%).
São quase 92,4 milhões de ocupados, quantidade estável no trimestre e com crescimento de 2,1% em 12 meses: mais 1,937 milhão de pessoas no mercado, principalmente pessoas por conta própria (acréscimo de 939 mil, alta de 4,1%). O aumento de empregados no setor privado sem carteira assinada (368 mil) foi de 3,4%, duas vezes maior que o de empregados com carteira (480 mil), de 1,5%. O emprego formal não vinha apresentando aumento na Pnad.
O que também cresceu foi a chamada taxa de subutilização da força de trabalho, que atingiu 24,9%. Esse grupo inclui as pessoas que poderiam estar trabalhando mais, mas não conseguiram. A população subutilizada chegou a 28,4 milhões, recorde da série histórica: mais 1,063 milhão no trimestre e 1,001 milhão em 12 meses.
O desalento também continua subindo. Agora, são 4,9 milhões, 202 mil a mais em relação a janeiro e 199 mil na comparação com abril de 2018.
Estimado em R$ 2.295, o rendimento médio ficou estável nas duas comparações. Já a massa de rendimentos, calculada em R$ 206,8 bilhões,ficou estável no trimestre e cresceu 2,8% em um ano, devido ao aumento da ocupação.
Fonte: Rede Brasil Atual | Foto: Sindicato dos Comerciários de São Paulo