Para Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, a eleição termina no primeiro turno. Na pesquisa Sensus, Dilma Rousseff tem 4,7 pontos a mais do que o necessário para se eleger, o que equivale a 6,3 milhões de eleitores.
Além disso, Dilma continua muito bem nos diversos indicadores de pesquisa.
Na última Sensus, Marina ganhou 3 pontos, 2 em cima de Dilma, um em cima de Serra, em cima das últimas polêmicas envolvendo Dilma. Mas não é viável como terceira via devido aos altíssimos índices de rejeição, de mais de 40%, assim como José Serra. Se parte dos seus eleitores sentirem risco de segundo turno, tenderão a voltar para Dilma.
Dentre todo universo de eleitores, 74% acham que Dilma irá ganhar. Cruzando intenções de votos com votos já definidos, a vantagem de Dilma aumenta mais ainda: 54% a 28%. Quando se indaga do melhor programa de governo, 70% consideram que é o de Dilma.
Quando se cruzam intenções de voto com os que pretendem comparecer no dia das eleições, não há alteração nos resultados. Quando se cruza intenção de votos com grau de informação sobre a necessidade dos dois documentos, Dilma sobe um ponto e Serra fica estacionado.
A última pesquisa Sensus indicou ligeira variação no nordeste e no centro-oeste e praticamente quadro inalterado no sudeste e no sul. Mas 70% dos votos já estão definidos.
Finalmente, o último evento da campanha será o debate da Globo. Mas Guedes lembra que em todos os demais Dilma se saiu melhor do que Serra, com mais embasamento, mais dados e melhores propostas percebidas pelos telespectadores.
Tem mais. Dilma tem 10% a mais de eleitores homens do que mulheres. Como o voto masculino tende a puxar a cabeça de casal, há mais uma gordura aí que poderá reverter em seu favor.
Por tudo isso, Guedes considera muito pouco plausível cenário de perda de 1,5 milhão de votos dia até as eleições. Não arrisca a dizer que é impossível, porque em ciências humanas não se pode ser absoluto. Mas, em toda sua carreira, jamais testemunhou um quadro desses que fosse revertido nos últimos dias de campanha.
Autor: Ricardo Guedes – Instituto Sensus