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A Esquerda Unida, criticou neste domingo (9) as políticas neoliberais dos dois partidos majoritários da Espanha, PSOE e PP, e fez uma conclamação ao apoio da população nas eleições geais de novembro próximo para deter a ofensiva do capitalismo.

Esse foi o sentido do pronunciamento do líder da Esquerda Unida, Cayo Lara, neste domingo, depois de ser confirmado pela Assembleia Federal (órgão máximo dessa organização frentista), como candidato à presidência do governo espanhol nas eleições de 20 de novembro próximo.

Diante dos mais de 600 delegados à assembléia, mais de 30 por cento dos quais sem filiação à organização, a coalizão de esquerda aprovou as bases definitivas de eu programa eleitoral e confirmou as candidaturas para o pleito de novembro.

Lara pediu o voto dos desencantados com o governante Partido Socialista Obrero Espanhol (PSOE), ao sublinhar que na Esquerda Unida está a semente da esquerda alternativa.

Afirmou que a sociedade tem a opção de votar este futuro programa como uma eleição entre democracia e mercados e como a melhor defesa diante da tentativa intento, compartilhada pelo PSOE e o direitista Partido Popular (PP), de esvaziar a democracia de sentido.

O líder da Esquerda Unida acusou os sociais-democratas e os direitistas de converter a Constituição espanhola em letra morta e de aplicar um modelo neoliberal depredador do emprego e da paz, nas mãos dos poderes financeiros.

Chegou a hora da rebelião dos de baixo, entre os quais incluiu os trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais e a esquerda alternativa, contra os de cima, ou seja, as entidades financeiras e seus representantes políticos como o PP e o PSOE, enfatizou.

Depois de declarar que confia em que a Esquerda Unida obterá os deputados necessários (cinco no mínimo) para formar uma bancada parlamentar própria, Lara asseverou que levará ao Parlamento a voz da rebeldia.

O dirigente fustigou a decisão do Executivo de José Luis Rodríguez Zapatero de abrigar na base de Rota, em Cádiz o componente naval do escudo antimísseis da Otan.

Lara denunciou que os sociais-democratas e os direitistas venderam a soberania da Defesa à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aos Estados Unidos.

Considerada a terceira força política em votos da Espanha, a Esquerda Unida apresentou suas denominadas sete Revoluções: econômica, democrática, dos serviços públicos, ambiental, cultural, pela igualdade e a paz.

José Luis Centella, que encabeça a chapa à Câmara dos Deputados pela região da Sevilla, fez um chamamento a todos aqueles que não se conformam em ser mercadorias dos mercados a comparecer em peso às urnas e dar conteúdo à democracia.

Estamos obrigados a denunciar a hipocrisia daqueles que hoje se vestem de esquerda para depois governar com posições de direita, disse Centella que é também o líder do Partido Comunista da Espanha.

A Assambleia Federal aprovou a aliança com outras 12 formações.

Prensa Latina

Publicado em 10/10/2011 -

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