O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ontem (11) que o governo decidiu, em parceria com entidades da sociedade civil, antecipar para maio o lançamento da campanha do desarmamento. A previsão inicial do ministério era dar início à campanha em junho.
Por sugestão do governo, a campanha deverá começar no próximo dia 6 de maio. A campanha vai durar até o final do ano, segundo o ministro. Na última campanha do desarmamento, realizada entre 31 de dezembro de 2008 e dezembro de 2009, foram recolhidas mais de 40 mil armas, informou Cardozo.
"Ficou absolutamente caracterizado que quando se realiza essas campanhas você tem uma redução muito forte na mortalidade, que se reduz mais de 50% no Brasil. Tínhamos previsto realizar uma campanha em junho, mas diante dessa tragédia (da escola de Realengo) decidimos sugerir a antecipação. Essas campanhas não são feitas sozinhas, são feitas em conjunto com a sociedade civil", disse o ministro.
Um conselho, formado por integrantes do governo federal e de representantes da sociedade civil vai coordenar a implementação da campanha no país.
Na tarde desta segunda, Cardozo esteve reunido com representes do Instituto Sou da Paz e da Organização Não-Governamental Viva Rio.
Segundo o ministro, ainda não está definido o valor que o governo vai investir diretamente na campanha. Representantes do Banco do Brasil participaram da reunião e estudam formas de pagamento das indenizações aos proprietários que entregarem as armas.
Na última campanha, os valores variavam entre R$ 100 e R$ 300 por arma entregue. Segundo o ministro, também estão sendo discutidas formas de acelerar o pagamento das indenizações, que chegavam a demorar cerca de três meses. Atualmente, afirmou, o ministério dispõe de cerca de R$ 10 milhões para a campanha, mas o valor poderá ser aumentado.
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