Os guineanos votaram neste domingo (7) para escolher o primeiro presidente democraticamente eleito de sua história. Foi o fim de uma longa espera desde o primeiro turno das eleições, em 27 de junho passado, perturbado por violências étnico-políticas.
As seções eleitorais, que abriram às 7h (horário local), fecharam, conforme previsto, às 18h. Os resultados provisórios só serão conhecidos a partir de hoje (9).
Aziz Diop, secretário-executivo do Conselho Nacional de Organizações da sociedade civil da Guiné, que distribuiu 964 observadores pelo país, ressaltou a disciplina durante a votação.
– Houve uma forte mobilização em todas as regiões, um entusiasmo popular e uma disciplina extraordinária.
Após 52 anos de ditaduras e regimes autoritários, cerca de 4,2 milhões de eleitores devem escolher entre Cellou Dalein Diallo, que obteve 43% dos votos no primeiro turno, e o professor universitário Alpha Condé, opositor a todos os regimes autoritários anteriores, que teve 18% dos votos.
O presidente do regime de transição, general Sekuba Konaté, fez um novo apelo "à paz" e "à unidade nacional", dizendo que estava "muito orgulhoso e contente" por ter cumprido "sua palavra" de entregar o poder aos civis, após 26 anos de regimes militares.
Ao fim de outubro, a campanha de caracterizou por atos de violência étnico-políticos, tanto em Conacri quanto em várias cidades do leste do país, que deixaram dezenas de feridos e pelo menos um morto, segundo várias testemunhas. No domingo, no entanto, nenhum incidente grave havia sido reportado.