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Ideli Salvatti, candidata ao Governo do estado pela coligação “A Favor de Santa Catarina”, foi a entrevistada da edição desta segunda-feira (26) da coluna Pelo Estado, da ADI. Na entrevista, Ideli destaca suas propostas para saúde pública, diz que quer dar continuidade ao Governo Lula e fala da importância das mulheres nesta eleição: “As mulheres vêm construindo esta possibilidade de debate com a sociedade. Ter a oportunidade de governar tanto o Brasil quanto SC é um momento muito rico. É um momento para quem conseguiu o direito de votar e ser votada há menos de 80 anos. É algo para a gente comemorar”.

A entrevista foi concedida aos jornalistas Jeferson Ávila e Bárbara Sperb.

Confira a íntegra da entrevista com a candidata Ideli Salvatti.

[PeloEstado] – Por que ser governadora?

Ideli Salvatti – Porque a gente quer fazer em Santa Catarina o que está dando certo no

Brasil, melhorar a vida concretamente das pessoas.

[PE] – Quais os erros e acertos do atual governo?

Ideli – O maior erro do atual governo é não ter aproveitado e não ter sido parceiro em todos os projetos que o governo federal desenvolve.Tem uma série de políticas nacionais que estão dando muito certo e que o governo do estado não aproveitou. Eu considero isso erro. O principal acerto é a idéia da descentralização. Apesar de eu não concordar totalmente na forma como ela é executada, Santa Catarina só e forte se todas as regiões forem fortes.

[PE] – E as Secretarias de Desenvolvimento Regionais (SDR´s)? Pretende fazer mudanças?

Ideli – Fortalecer as regiões não passa apenas pela estrutura administrativa. A saúde está distribuída proporcionalmente em todas as regiões? Não está. A segurança está distribuída e atendendo a necessidadede cada região? Não está. Os incentivos fiscais que o governo do estado tem nos projetos e programas estão distribuídos proporcionalmente à economia de cada região? Não está. Então quando me perguntam se vou manter as SDR´s, eu vou fazer tudo o que for necessário pra que cada região tenha o atendimento e serviço público adequado as suas necessidades.

[PE] – A senhora vota na Dilma. Por quê?

Ideli – Em primeiro lugar, porque eu conheço a Dilma, a sua competência e capacidade. Uma pessoa da primeira hora, que tem uma história, tem lado, sabe o que é importante para a população e para a democracia brasileira. Então eu não tenho a menor dúvida, que estaremos muito bem representados.

[PE] Um dos principais temas desta eleição é a saúde pública. Qual o seu plano para melhorá-la?

Ideli – Quando eu falo em fortalecimento regional é isto. É preciso ter uma distribuição

racional do atendimento de baixa, média e de alta complexidade, de forma que a grande maioria dos atendimentos, seja o mais perto possível da casa das pessoas. A “ambulância terapia” só deve existir em casos extremos, quando o paciente tem que ser transportado para um centro de referência. Eu tenho orgulho de ter ajudado a conseguir recursos para a compra do primeiro helicóptero do SAMU para o estado.

[PE] – Como a professora Ideli pretende conduzir a municipalização do ensino fundamental?

Ideli – Não pode ser política obrigatória. A Educação básica tem que ser obrigatoriamente feita com a parceria dos municípios e governo estadual, com a complementação e auxilio do governo federal. Então é parceria, não é política obrigatória. Poderá acontecer em determinadas situações, e em outras não, mas sempre construído de comum acordo. Nada obrigatório.

[PE] – Quais desafios para o desenvolvimento econômico e social?

Ideli – Temos dois desafios. Um é a infraestrutura, para que os nossos setores produtivos sejam ainda mais dinâmicos, fortes e distribuídos regionalmente. A maioria dos investimentos estão sendo feitos pelo governo federal, e o estado precisa fazer

a sua parte. A outra questão é a profissionalização. É preciso que o estado também invista em escolas técnicas.

[PE] – Como pretende tratar as questões de mudança de clima e controle de prevenção de catástrofes?

Ideli – Na condição de presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, do Congresso Nacional, acompanhei estas questões de perto. Primeira coisa, SC tem que ter um serviço muito eficiente de monitoramento. Estamos conseguindo os recursos para a compra do radar que vai dar cobertura integral da meteorologia no nosso estado. Tem que ter monitoramento de nossa costa, do nível dos rios e nas barragens. Temos que ter um fundo de defesa civil, não este ridículo que temos, e que não resolve nada. O dinheiro que eu consegui para a praia da armação no Ministério da Integração, é algumas vezes superior ao fundo estadual que a defesa civil tem. Precisamos de um fundo maior. Temos que ter esse trabalho de prevenção.

Em Números

2.194 Seguidores no Twitter

67 Candidatos a deputado estadual pela coligação

34 Candidatos a deputado federal pela coligação

R$ 739 mil Em bens declarados para a Justiça Eleitoral

16 anos De vida pública. Duas vezes deputada estadual (1994-2002) e 8 anos no Senado

8 São os partidos da Coligação A Favor de Santa Catarina – PT, PR, PSB, PC do

B, PRB, PHS, PSDC e PRTB

Publicado em 27/07/2010 -

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