“Vamos trabalhar em parceria com o setor empreendedor, o que mais gera emprego no Estado e que contribui de maneira significativa à economia catarinense”, disse Ideli Salvatti, candidata ao Governo do Estado em painel promovido pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) na noite de terça-feira (14) na capital. A candidata esteve acompanhada do candidato a vice-governador, o empresário Guido Bretzke.
Ideli afirma que a proposta é criar uma secretaria específica para tratar da área, nos moldes do Ministério do Empreendedorismo, que está sendo proposto por Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República. “Vamos trabalhar com políticas específicas para fortalecer o setor, com crédito especial e incentivos tributários”.
Redução de impostos
Na fala a candidata afirmou que como governadora irá zerar o ICMS de itens da cesta básica, como feijão, arroz, macarrão, além de itens de higiene bucal. Também parte do material escolar e filtro solar. Ideli disse que também vai dilatar o prazo de recolhimento do bom pagador. “Vamos beneficiar quem paga em dia. É justo”.
Ainda comentou o fim da substituição tributária, que vinha prejudicando o setor. “Sentamos com o governador Leonel Pavan para tratar do tema, sem esperar o término das eleições. Felizmente conseguimos pôr fim à questão”.
Educação
Ideli salientou que como governadora criará unidades de capacitação oferecidas pelo Estado, visando a profissionalização de mão-de-obra para o mercado profissional. “Como senadora conseguimos ampliar de 8 para 34 o número de unidades do instituto federal em Santa Catarina, oferecendo ensino técnico e superior. Assim farei no Governo do Estado, triplicando o número de Cedup’s, que são 14 há mais de 30 anos. Já passaram 7 governadores e nada mudou”.
A candidata afirmou que também trabalhará com a escola aberta em fins de semana, além de escolas de tempo integral em áreas que apontam maiores índices de criminalidade. “Além disso, vamos pagar o Piso Nacional dos Professores e valorizar os professores. Vamos pôr fim a este absurdo”.
Segurança
Na atividade a candidata apontou para a defasagem do efetivo de segurança e também falta de investimentos do atual Governo do Estado. “O número de policiais não tem acompanhado o crescimento populacional. Em 1980 tínhamos cerca de 3 milhões de pessoas e 12 mil policiais. Atualmente temos cerca de 6 milhões de habitantes e 11 mil policiais. Como explicar isso? Faremos concurso público urgentemente”.
Outro problema destacado por Ideli foi a demora do Governo do Estado em aderir ao Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), do Governo Federal. “Pressionamos muito até que Santa Catarina entendesse a importância de aderir. No entanto, por causa desse descaso perdemos 3 anos em recursos”.
Infraestrutura
Sobre a infraestrutura na Grande Florianópolis, Ideli salientou a importância da quadruplicação da Via Expressa. “Trata-se de um grande gargalo na mobilidade urbana da região e que será resolvido pelo Governo Lula. Até o fim deste ano sairá a licitação para a obra e também o estudo sobre uma nova ponte ou túnel ligando o continente à ilha”.
A candidata afirmou que criará o Programa de Aceleração do Crescimento na área da infraestrutura catarinense, com investimentos em rodovias estaduais e empresas estatais do Estado, como Celesc, Casan, SC Gás.
Saneamento básico
Sobre saneamento básico, Ideli explicou que há investimentos projetados e em curso na área do saneamento no Estado para os próximos quatro anos, de R$ 1,8 bilhão, que poderão dobrar a taxa de cobertura, chegando a pelo menos 32% das cidades. “Nos municípios com mais de 100 mil habitantes atendidos pela Casan (Florianópolis, Chapecó, São José e Criciúma), é possível atingir índices mais altos, porque estes já apresentam médias superiores (entre 35% e 55%). Vamos usar recursos internacionais, com juros menores e prazos mais longos, da Jica, do Banco Mundial, da Agência Francesa de Desenvolvimento e nacionais do Orçamento da União garantidos pelo PAC, da Caixa Econômica e BNDES”, afirmou.
Compras governamentais
A respeito das compras governamentais, Ideli afirmou dar prioridade. “O Estado é um grande consumidor, mas isso tem que ter direcionamento para Santa Catarina. Assim os recursos ficam aqui, movimentam a economia, beneficiam empresas e campo”. Ela ainda criticou a privatização da merenda escolar por parte do Estado, o que, segundo ela, retira cerca de R$ 80 milhões por ano de investimentos na agricultura familiar. “Isso mudará em nosso governo”.
Fórmula Lula e Alencar
Em sua fala Ideli destacou e escolha de Bretzke para vice. “Nos últimos 8 anos vimos um Brasil que cresceu e beneficiou todos os setores da sociedade com Lula e Alencar, representante do setor empresarial. Essa fórmula tem tudo para dar certo em Santa Catarina, e vai. Nosso empreendedorismo é referência e faremos um governo que fortaleça efetivamente todas as regiões”, disse.