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Reunidas pelo comitê suprapartidário da campanha, mais de mil mulheres trabalhadoras ligadas às centrais sindicais do país (CTB, CGTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT) declararam apoio à candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff ontem (17).

A secretária nacional da mulher trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Silva, resumiu o sentimento das mulheres: “Para nós não basta ser mulher, tem que ter compromisso democrático e com a luta do presidente Lula”, disse.

“Nessa campanha eleitoral tem uma coisa que muito me orgulha pelo significado político e social: o apoio das centrais sindicais do meu país à minha candidatura. E me orgulha mais ainda o apoio que tenho das mulheres trabalhadoras aqui presentes”, disse Dilma ao iniciar seu discurso.

Dilma se comprometeu a manter na presidência a política de reajuste do salário mínimo adotada durante o governo Lula. Ou seja, garantir aumentos reais maiores que a inflação, combinando o resultado do PIB e o índice que mede a inflação oficial no país. Segundo ela, essa política foi responsável, junto aos programas sociais, pelo aumento do mercado de consumo no país.

Ela lembrou que no governo Lula a geração de emprego teve recordes históricos, ao contrário do que acontecia no governo tucano. “O governo Lula provou que era possível aumentar o salário mínimo e controlar a inflação. Se tem uma coisa que podemos nos orgulhar é que esse governo fez a maior política de empregos nesse país ao criar 14 milhões de empregos, com carteira assinada, férias e 13º. Sabe o que acontecia no governo passado? O país vivia de bico. Se tem uma categoria nesse país que sabe o que é desemprego são as trabalhadoras desse país, que sofreram com o desemprego pesado no governo do FHC”, salientou.

Violência

A petista fez questão de salientar que aprofundará as políticas públicas para as mulheres iniciadas no governo Lula e que lutará constantemente para coibir a violência contra as mulheres. Ela disse que nesse sentido a Lei Maria da Penha é um marco no combate às agressões às mulheres, mas que é preciso uma união feminina para que os agressores não fiquem impunes.

“[A Lei Maria da Penha] é importante para homens e mulheres, porque a violência afeta a família, os filhos e também não dignifica o homem que foi gerado por uma mulher. Aí é preciso da parceira de vocês. Nós temos que cuidar diariamente para que não se deixe a pessoa que comete a violência impune. Para que a gente coíba e combata a impunidade dos crimes contra mulher”, disse.

Creches

Dilma voltou a falar da importância de ter creches espalhadas pelo país e que atendam justamente as mães que mais precisam e que estão nas grandes cidades. Ela se compromete com a abertura de 6 mil creches em todo país.

“As creches têm sempre que ter dois significados: dar segurança para a gente trabalhar. A mulher tem que ter certeza que seu filho está bem cuidado e atendido. E tem outro motivo.

É na infância que está a raiz maior da desigualdade. Uma criança que nasce com condições para ser estimulada porque tem acesso a estímulos culturais e educacionais chega na escola em melhores condições que as que não tem acesso a isso. Com as creches, nós vamos estar eliminando uma das maiores fontes de desigualdade no país”, argumentou.

Ao concluir o discurso, Dilma disse que sabe que não pode errar na presidência para que as mulheres continuem tendo a oportunidade de comandar o país e pediu novamente que todos trabalhem para não permitir retrocessos nos avanços do governo Lula.

“Eu não venho aqui só dizer para vocês vão para rua, que vamos disputar esse voto para não deixar que esse projeto generoso do Lula volte pra trás. Eu tenho imensa consciência e certeza de que sem vocês não há governo forte suficiente para fazer as transformações que o Brasil precisa”, afirmou.

www.dilma13.org.br

 

Publicado em 18/08/2010 -

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