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Desde o primeiro debate entre os candidatos, Dilma Rousseff questiona o tucano José Serra, sobre a política de emprego. Mas ele nunca respondeu. Hoje, no debate da TV Record, por duas vezes Dilma perguntou, e o concorrente do PSDB não respondeu. A avaliação da petista e dos aliados é que Serra não tem propostas para o emprego, por isso foge. Até agora, foram nove debates e nenhuma resposta.

Em mais um debate em que deixou claras as diferenças entre o PT e o PSDB, Dilma apontou a falta de transparência de Serra ao lidar com aliados políticos como Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, a inexistência de propostas dos tucanos para a região Nordeste e o despreparo de Serra ao falar de temas como emprego e segurança pública.

Ao final do debate, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando lamentou a atitude de soberba e desdém de Serra e disse que ficou sem várias respostas do tucano.

“Teve um pouco de soberba e desdém do candidato Serra. Eu tentei não deixar perguntas sem respostas. Mas eu tive que lutar muito para ter algumas perguntas minhas respondidas. A do emprego, por exemplo. Acho que ele não responde sobre a questão. Dizer que não é real a geração de quase 14 milhões de empregos é forçar os números, vou dizer assim para ser elegante”, argumentou.

Paulo Preto

Dilma disse que não trouxe a polêmica de ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido entre os tucanos como Paulo Preto, à tona, mas que o caso serve para mostrar a diferença de atitude do PT e do PSDB em relação malfeitos na administração pública.

“Um governo que ao perceber o malfeito investiga e pune. E outro que é encoberta. Nos governos sempre vai ter problema. Tem que se preparar e, em havendo, ver qual a medida que toma. É por aí que se distingue um governo e outro. É uma posição política. A diferença existe entre governo que investiga e pune [o do PT] e o governo que encobre, acoberta e disfarça [o do PSDB]”, comentou.

Para o deputado e coordenador da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, Serra parecia um pouco distante da realidade brasileira. “O Serra foi deselegante em alguns momentos. Mas os eleitores vão observar qual o comportamento deve ter o futuro presidente da República no trato com as pessoas. Dilma foi segura e excepcional. Ele chegou até a falar em disco voador, acho que a cabeça dele estava em Marte”, ironizou o petista.

Emprego

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também comentou a falta de propostas de Serra para a geração de empregos. Ele lembrou que o tucano foi questionado em todos os debates sobre o tema e nunca ofereceu uma resposta.

"O nosso adversário está desde o primeiro debate fugindo da pergunta sobre emprego. Pelo menos dessa vez ele apresentou a capa anti-Lula que ele deixou guardada por muito tempo. Foi o debate que mais ajudou do ponto de vista programático para ver as diferenças. Se debateu aqui emprego qual a postura em relação reforma agrária, em relação aos movimentos sociais, à política de segurança e saúde”, disse.

 

Publicado em 26/10/2010 -

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