Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pelo Instituto Pólis em seis países da América do Sul – Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia e Paraguai – revelou que a prioridade para a juventude de hoje é “ter mais oportunidade de trabalho”.
A pesquisa “Juventude e Integração Sulamericana: diálogos para construir a democracia regional” ouviu 14 mil pessoas no segundo semestre de 2008 e o estudo, cujo questionário contou com 50 perguntas, foi o primeiro a comparar gerações na América do Sul (50% dos entrevistados foram jovens de 18 a 29 anos e 50% adultos de 30 a 60 anos).
Entre as diferenças geracionais importantes estão as que indicam que os jovens são mais escolarizados que as gerações mais velhas (no Brasil, 3% dos jovens são analfabetos, contra 17% dos adultos), mais conectados à Internet (no Brasil 50% dos jovens são usuários, contra 21% dos adultos) e também menos religiosos (no Brasil, 14% dos jovens declaram não ter religião, contra 7% dos adultos).
Por ouro lado, os jovens nos seis países pesquisados compartilham com os adultos opiniões e valores semelhantes quanto a temas morais e éticos, como a legalização do aborto (as gerações pensam de modo parecido, em geral contra), a importância do esforço pessoal para se melhorar de vida e a visão da corrupção como principal ameaça à democracia.