O mês de junho apresentou saldo positivo no emprego de 119.495 postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quinta-feira (16). Foram admitidos 1.356.349 e demitidos 1.236.854 de trabalhadores formais, ou seja, com carteira assinada. Contudo, esse resultado foi menor do que o registrado no mês de maio, quando foram criados 131.577.
Mesmo com esse resultado, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que entre as 20 maiores economias do mundo o Brasil é o país que está gerando mais empregos. "É claro que não é o que nós queríamos, mas, na realidade que estamos vivendo hoje, entre as 20 maiores nações do mundo, o Brasil é a única que está gerando empregos, com exceção da China, que não tem nenhum tipo de cadastro [de emprego]", afirmou.
Os setores que mais geraram empregos no mês foram: agricultura (57.169), serviços (22.877) e construção civil (18.321). A indústria de transformação foi o setor que menos gerou empregos, 2.001 postos. Entre os setores da indústria que mais perderam empregos estão: a indústria metalúrgica (- 4.286), a de material de transporte (-2.604) e a mecânica (-1.401).
No balanço do semestre, o total de empregos criados foi de 299.506 – no mesmo período do ano anterior, foram 1.361.388 novos empregos. Os setores que mais se destacaram no semestre foram: serviços (235.435), ensino (63.590) e serviços odontológicos (41.181). A indústria de transformação teve o pior resultado (- 144.477), seguida do comércio (-32.978) e da extrativa mineral (-1.561).
Apesar do resultado do primeiro semestre não ser o esperado, Lupi manteve a meta de geração de 1 milhão de empregos este ano.
Lupi divulgou ainda dados sobre o nível dos salários dos trabalhadores contratados com carteira assinada no primeiro semestre. O salário médio foi de R$ 754,80, contra R$ 741,54 no mesmo período de 2008. Os melhores salários são pagos nos estados de São Paulo (R$ 862,07) e do Rio de Janeiro (R$ 843,69) e no Distrito Federal (R$ 801,07).