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O Programa Bolsa Família tem contribuído para avanços na saúde de cerca de 13 milhões dos beneficiários. Ao melhorar, principalmente, o acesso das famílias à alimentação, o programa impactou no peso das crianças ao nascer, na estatura média do brasileiro e no aumento da cobertura das campanhas de vacinação infantil.

As conclusões fazem parte do documento Saúde Brasil 2010, que estão sendo apresentadas e discutidas durante a 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), que acontece esta quinta-feira (3), em Brasília (DF).

Segundo o estudo, houve redução de 10 pontos porcentuais no número de entrevistados que alegaram falta de comida em casa em algum momento da vida, fazendo com que um membro da família tivesse que deixar de comer ou comesse menos do ideal. Com o Bolsa Família, cerca de 48,6% dos entrevistados alegaram ter tido este problema contra 58,9% ouvidos antes de serem beneficiados pelo programa.

O Ministério da Saúde e a rede pública de saúde acompanham as condicionalidades do programa. As gestantes devem inscrever-se no pré-natal e comparecer às consultas, além de participar das atividades educativas ofertadas pelas equipes de saúde sobre aleitamento materno e promoção da alimentação saudável. Já os responsáveis pelas crianças menores de 7 anos, devem manter atualizado o calendário de imunização. A criança ainda será acompanhada no seu estado nutricional e do desenvolvimento e outras ações.

A melhora da alimentação da população de baixa renda também pode ter impactado na altura da população. Quando comparado a estatura de crianças menores de cinco anos pertencentes ao Bolsa Família com aquelas não pertencentes, as do primeiro grupo tiveram 26% de chances a mais de atingir a altura ideal para idade. Para crianças com idade entre três e cinco anos, a diferença é ainda maior. As pertencentes ao Bolsa Família apresentaram 41% a mais de chance de alcançarem a altura adequada para a idade.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que a saúde é fundamental para a construção de um Brasil sem pobreza. “A saúde, está no centro das políticas de inclusão social e para o crescimento econômico do Brasil, que é o único País do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que optou pela construção de um sistema nacional universal público de saúde”, reforça.

Outro importante avanço foi em relação ao número de crianças vacinadas. Este avanço foi possível graças à exigência da apresentação do cartão de vacinação, em dia, das crianças das famílias beneficiadas pelo programa. Isso fez com que a proporção de crianças que receberam a primeira dose da poliomielite no período apropriado fosse 15% maior nas famílias favorecidas pelo Bolsa-Família. A vacinação contra tétano, difteria e coqueluche (DTP) também foi mais frequente entre as famílias do programa, 18% maior.


Ministério da Saúde

Publicado em 3/11/2011 -

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