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A economia brasileira apresentou crescimento de 9,3% em março na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo projeção da Serasa Experian. O desempenho, o melhor desde 1995 de acordo com a empresa, foi sustentado principalmente pelos investimentos produtivos, que avançaram quase 30%.

O resultado representa a maior taxa anual de expansão da atividade econômica desde abril de 1995. Descontados os fatores sazonais, a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) mensal registrado em março foi de 1,8% ante o mês anterior.

Segundo a empresa de análise de crédito, sob a ótica da demanda agregada o crescimento da atividade econômica foi determinado pela elevação de 27,8% nos investimentos produtivos (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF) e de 11% no consumo das famílias. Também as exportações, com avanço anual de 18,5% no período, contribuíram para o resultado positivo.

Já do ponto de vista da oferta, o setor industrial foi o grande responsável pelo avanço da atividade econômica, com crescimento de 17,7% frente a março do ano passado. O segmento de serviços apresentou uma alta mais modesta, de 7% na mesma base de comparação. Com o resultado, a variação estimada do PIB do primeiro trimestre de 2010 foi de 2,8% em relação ao trimestre anterior, sinalizando que a economia brasileira cresceu 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esses dados desmentem a opinião dos economistas conservadores de que o ritmo de expansão da economia nacional estaria baseado apenas na expansão do consumo e estaria abaixo do potencial de crescimento da produção em função do baixo nível de investimentos. O fato de as taxas de crescimento dos investimentos (FBCF) e da produção industrial serem bem superiores à do consumo das famílias (27,8% e 17,7% contra 11%) significa que a expansão da demanda terá a contrapartida de um crescimento ainda maior da produção e, portanto, da oferta de bens para o consumo doméstico e exportação, o que afasta o risco de inflação.

Mas a expectativa dos economistas da Serasa Experian é de que o ritmo de crescimento da atividade comece a mostrar desaceleração a partir do segundo trimestre, com a retirada de estímulos fiscais, cortes orçamentários e pelos efeitos da elevação da taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

Vermelho (www.vermelho.org.br)

Publicado em 25/05/2010 -

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