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Uma das moções foi de apoio à essas ocupações e a outra foi de repúdio à violência contra esses estudantes promovida por organismos de extrema direita como o Movimento Brasil Livre (MBL)

69ª Plenária aprova duas monções FECESC

Os participantes da 69ª Plenária Estadual dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina, ocorrida de 21 a 23 de novembro, aprovaram duas moções para manifestar a posição dos trabalhadores e trabalhadoras em relação à luta dos estudantes que ocupam escolas e universidades no Estado de Santa Catarina contra a PEC 55, a reforma do Ensino Médio e a Lei da Mordaça. Uma delas foi de apoio à essas ocupações e a outra foi de repúdio à violência contra esses estudantes promovida por organismos de extrema direita como o Movimento Brasil Livre (MBL) .

Leia na íntegra as moções.

MOÇÃO DE REPÚDIO
À VIOLÊNCIA CONTRA ESTUDANTES

Nós, trabalhadoras e trabalhadores do setor de Comércio e Serviços, delegadas e delegados da 69ª Plenária Estadual dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina, viemos a público REPUDIAR a violência utilizada pelo Estado catarinense nas reintegrações de posse contra os estudantes que, legitimamente, ocupavam escolas e universidades na Grande Florianópolis.

Também repudiamos a violência organizada por grupos de extrema direita, como o Movimento Brasil Livre (MBL), contra as ocupações na Universidade Federal de Santa Catarina e contra outras escolas e universidades do nosso Estado. É com pesar que também lamentamos a falta de atitude das autoridades competentes contra estes grupos. A postura conivente com tais grupos, que utilizam métodos fascistas, só faz aumentar a violência contra os estudantes que ocupam democraticamente os espaços educacionais com o objetivo de defender a educação pública, gratuita e de qualidade em nosso país.

A atitude daqueles que ameaçam e usam da violência física e psicológica contra os estudantes é deplorável. A luta diante dos ataques do governo Temer contra a educação e os demais direitos dos trabalhadores, mais do que uma garantia democrática, é também uma obrigação daqueles comprometidos com um Brasil justo e digno.

Nós, trabalhadoras e trabalhadores, que lutamos permanen¬temente por direitos, pela democracia e pela igualdade de oportunidades, não vamos nos calar diante de tamanho desres¬peito e REPUDIAMOS publicamente atitudes como estas, que não contribuem em absolutamente nada para a sociedade como um todo.

Delegadas e delegados à 69ª Plenária Estadual dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina

Florianópolis (SC), 22 de novembro de 2016.

 

MOÇÃO DE APOIO
ÀS OCUPAÇÕES NAS ESCOLAS

Nós, trabalhadoras e trabalhadores do setor de Comércio e Serviços, delegadas e delegados da 69ª Plenária Estadual dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina, viemos a público APOIAR a luta dos estudantes que ocupam escolas e universidades no Estado de Santa Catarina contra a PEC 55, a reforma do Ensino Médio e a Lei da Mordaça.

Entendemos que a PEC 55, também conhecida como “PEC da morte” ou “PEC do congelamento do futuro”, é uma declaração de guerra do governo golpista contra a classe trabalhadora brasileira. A PEC congela os gastos sociais do Estado brasileiro por 20 anos, destruindo as condições de vida da população trabalhadora, principalmente da mais pobre.

Também apoiamos a luta dos estudantes contra a reforma do ensino médio, que visa acabar com as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Educação Física e rebaixar os salários dos professores da rede pública. Acreditamos que a medida tem o claro objetivo de precarizar a educação pública, alienar os jovens do pensamento crítico e preparar o terreno para um amplo processo de privatização do ensino, destruindo o princípio da gratuidade.

Por fim, apoiamos a luta dos estudantes contra a Lei da Mordaça. A lei é mais uma forma de restringir a livre atividade docente, acabando com a possibilidade de um ensino crítico, pautado na humanidade e não nos lucros do capital.

A luta diante dos ataques do governo Temer contra a educação e os demais direitos dos trabalhadores, mais do que uma garantia democrática, é também uma obrigação daqueles comprometidos com um Brasil justo e digno.

Nós, trabalhadoras e trabalhadores que lutamos permanentemente por direitos, pela democracia e pela igualdade de oportunidades, não vamos nos calar diante de tamanho desrespeito e APOIAMOS publicamente os estudantes que realizam ocupações nas escolas e universidades.

Delegadas e delegados à 69ª Plenária Estadual dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina

Florianópolis (SC), 22 de novembro de 2016.

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