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O comentarista da RBS Luiz Carlos Prates atribui as mortes e problemas no trânsito no país à popularização do automóvel. Em comentário exibido na edição de segunda-feira (15) do noticiário local ele afirma que atualmente "qualquer miserável tem um carro". Esse fato decorre, em sua visão, "deste governo espúrio que popularizou, pelo crédito fácil, o carro para quem nunca tinha lido um livro".

Prates foi instado a comentar o fato de que 11 pessoas morreram no estado catarinense no feriado do dia da proclamação da República. No dia de finados (2 de novembro), foram 20 vítimas fatais de acidentes em rodovias.

Em sua fala, o comentarista adicionou ainda questões ligadas ao comportamento de habitantes de grandes cidades, como frustrações decorrentes de dificuldades familiares ("casais que não se toleram") e de questões socioeconômicas (morar em "uma gaiola que hoje chamam de apartamento"). A combinação de fatores como esse, aliados à "estultícia" seria, na visão dele, a razão das mortes.

Prates é conhecido por comentários polêmicos e notadamente conservadores. Em dezembro de 2009, por exemplo, ele declarou que João Baptista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar, "ensinou o caminho da verdadeira luta e da verdadeira e legítima democracia". Disse ainda, na ocasião, que tinha liberdade plena durante o regime autoritário.

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Publicado em 17/11/2010 -

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