Trabalhadores definem que é hora de greve geral para barrar a retirada de direitos do governo Temer
É PEC 241, Reforma do Ensino Médio, Reforma da Previdência, entrega do pré-sal, terceirização sem limites. Motivos não faltam para que os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizem e façam um grande dia de greve geral.
Diversas plenárias estão sendo organizadas pelas centrais sindicais e pelo Fórum em Defesa do Serviço Público, para debater com os representantes dos trabalhadores as estratégias para barrar a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e o ataque aos serviços públicos.
Florianópolis – Faltou espaço no auditório da Fecesc para tantos e tantas trabalhadoras que participaram da Plenária da Regional Florianópolis, dia 24 de outubro. Com representação de diferentes categorias de trabalhadores, tanto do serviço público como da inciativa privada, o discurso girou em torno da unidade da classe trabalhadora.
Anna Julia Rodrigues, presidente da CUT-SC ressaltou o diálogo que vem sendo construído com todas as centrais sindicais do estado. “O mais importante é o que nos unifica, chega de divisão nesse momento delicado para a classe trabalhadora”, Anna destacou também a luta que a CUT fez nos últimos anos, em denúncia da retirada de direitos e da construção de um golpe de estado, com o objetivo de retirar os direitos da classe trabalhadora. “Nós tínhamos a certeza e por isso fomos às ruas, esse golpe não foi contra este ou aquele partido, foi contra nós trabalhadores e trabalhadoras e contra todos que dependem do serviço público”.
Participaram da assembleia representantes do movimento estudantil e de movimentos sociais, que destacaram o protagonismo da juventude que ocupa as escolas públicas em todo o país. Marta Vanelli, secretaria geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE e professora da rede estadual de Santa Catarina, salientou que a alternativa de barrar os projetos que retiram direitos se dá através de uma grande greve no dia 11 de novembro e o apoio e aumento das ocupações nas escolas.
Aldoir Kraemer, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Santa Catarina – SINTE/SC afirma que os professores da educação pública vão parar suas atividades e destaca a importância de uma mobilização estadual. Já Heloisa Pereira, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Pública Estadual e Privado de Florianópolis e região – Sindsaúde/SC, ressalta que a categoria já está em estado de greve desde abril desse ano e esperam somente a paralisação de outros trabalhadores para fortalecer o enfrentamento contra tantos projetos que retiram direitos.
Uma nova reunião será organizada para definir detalhes sobre as diversas paralisações e mobilizações que vão acontecer na grande Florianópolis no dia 11 de novembro.
Plenárias pelo estado – A estratégia na região sul é o diálogo com a sociedade através de um ato no dia 11 de novembro, na Praça Nereu Ramos com uma apresentação político-cultural de “julgamento de Michel Temer”. A Plenária acontece dia 8 de novembro no auditório do Sindicato dos Químicos de Criciúma e região.
Além disso, antes da greve geral do dia 11, diversas categorias farão assembleia com os trabalhadores para mobilizar e conscientizar sobre a importância da greve geral, os servidores municipais de Criciúma e região, os servidores de Araranguá, os motoristas de Araranguá e os comerciários de Tubarão, já mobilizam seus trabalhadores para as assembleias.
Na região Oeste o movimento social e sindical já se organiza para mobilizações e dia 4 de novembro farão uma grande Plenária de Mobilização, no auditório do SITESPM-CHR, em Chapecó. Também acontecerão noutras datas assembleias dos servidores públicos municipais de Chapecó e região e dos trabalhadores na agricultura familiar.
Na região Serrana uma grande plenária esta agendada para dia 4 de novembro que pretende organizar os movimentos da região para a greve geral do dia 11 de setembro.
Fonte: Sílvia Medeiros / CUT SC