São Paulo – Desde que escreveu A Ilha, em 1976, o jornalista Fernando Morais nunca mais se distanciou de Cuba. Autor de biografias como as de Assis Chateaubriand, Olga Benário Prestes e Paulo Coelho, ele volta ao tema com Os Últimos Soldados da Guerra Fria. O livro descreve em minúcias a epopeia de cinco cubanos – integrantes de um grupo de 14 agentes de inteligência – presos nos Estados Unidos, onde cumpriam a missão de evitar ações terroristas de grupos extremistas de direita em território cubano.
Uma história dramática, lembra o escritor, e que pode ser lida como romance policial. O editor da Revista do Brasil, Paulo Donizetti de Souza, conversou com Fernando Morais sobre essa e outras histórias. É a matéria de capa daedição de agosto, que traz outra entrevista, com Maria da Penha, a mulher inspiradora da lei contra a violência doméstica, que acaba de completar cinco anos. Ela contou à repórter Cida de Oliveira o que mudou desde então. E receitou informação: para esclarecer a sociedade, encorajar as mulheres e pressionar o poder público.
A revista traz ainda uma reportagem sobre a situação da Europa e os questionamentos sobre a unificação da moeda. Afinal, foi bom para quem? Os comentaristas Flávio Aguiar e Laurindo Lalo Leal Filho falam sobre as origens da crise e as mazelas do Velho Continente. Ainda na cobertura internacional, Brunna Rosa conta o que pode mudar na América Latina com a eleição de Ollanta Humala no Peru. E Mauro Santayana analisa sobre o que as motivações do assassino de Oslo, Noruega, a crise na Europa e o surgimento do nazismo têm em comum.
O repórter João Peres viajou a Capanema, interior do Paraná e conta como funciona o maior polo de agroecologia do país, ameaçado por agrotóxicos e falta de mão de obra. No Mato Grosso, Peres seguiu a Romaria dos Mártires da Caminhada, celebração que ocorre a cada cinco anos no Araguaia em memória de quem morreu por uma causa.
Do campo para a cidade, reportagem de Fábio Fujita fala da luta dos ciclistas por mais pistas, mais segurança e mais cidadania. Afinal, a rua é para todos, como lembram os entusiastas das “”magrelas””, que vão ganhando espaço na ainda hostil paisagem urbana.
E lá de Cordisburgo, interior de Minas Gerais, vêm histórias de Guimarães Rosa. Vitor Nuzzi descreve como a pequena cidade preserva o universo de seu mais ilustre filho, autor de clássicos da literatura brasileira.
Por falar em clássico, Tom Cardoso lembra os 70 anos do filme Cidadão Kane. Confira tudo isso e mais dicas de Xandra Stefanel, sobre bons lances para serem vistos, lidos e visitados nas próximas semanas, além da crônica de B. Kucinski sobre um momento de reflexão nas minas da região boliviana de Potosí.
Revista do Brasil
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