A diretoria do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) se reuniu na última quinta-feira, 26/02, para discutir e tomar as providências em relação às agressões e ameaças sofridas pelo ex-diretor do Sindicato e militante dos servidores municipais, Douglas Vieira, por parte de policiais durante o Carnaval.
Segundo o Boletim de Ocorrência (nº 00104-2009-030031), registrado na 1ª DP da Capital, Douglas relatou que estava na Praça Tancredo Neves, no dia 23/02, quando foi abordado por policiais da GRT que “o levaram na presença do soldado Norton onde o mesmo ameaçava dizendo: se não fosse um lugar público ia quebrar o teu pescoço e te jogar numa vala- eu vou te pegar sozinho e te quebrar no meio, tu não é ninguém". Após as ameaças o teriam conduzido até o Tenente Coronel Newton Ramlow desferindo-lhe pontapés e golpes. Segundo o relato, o Tenente Coronel disse que só ia “ficar satisfeito quando pegar o Charles Pires”. Logo após, os policiais mandaram que Douglas fosse embora, seguindo-o de longe. Segundo o Boletim de Ocorrência, o fato foi presenciado por quatro testemunhas.
A diretoria do Sintrasem acredita que a atitude dos policiais tem caráter de perseguição política, devido à atuação de Charles Pires, diretor de Comunicação do Sintrasem, e de Douglas Vieira, nos movimentos reivindicatórios dos servidores da Prefeitura de Florianópolis. Charles Pires, como uma das principais lideranças da categoria, já sofreu várias ameaças por parte de Newton Ramlow.
Por isso, a diretoria do Sintrasem decidiu ir até a Corregedoria da PM para denunciar as ameaças e pedir apuração dos fatos. Também já se reuniu com outros representantes do movimento sindical e social que lutam contra a criminalização dos movimentos sociais.
Com informações do Sintrasem