14/03/2016
A principal tarefa dos movimentos sociais e sindical e de todos os democratas brasileiros é organizar uma grande mobilização no próximo dia 18, em diferentes cidades do Brasil. O ato nacional é contra o golpe jurídico-midiático em curso, em defesa da democracia e do presidente Lula e por mudanças na política econômica que deem novo impulso ao governo Dilma. A presença de Lula é aguardada na manifestação de São Paulo, que está marcada para as 16h, no vão livre do MASP. Lula é considerado pela militância como símbolo maior da possibilidade de ascensão social dos mais pobres, já que o governo dele tirou 40 milhões da miséria e ampliou o acesso ao ensino, à saúde e possibilitou a construção de políticas públicas que buscam igualdade para mulheres, negros, LGBTs e outras parcelas da sociedade tradicionalmente alijadas dos resultados econômicos. “É esse projeto que querem destruir”, costuma afirmar o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. Na avaliação do presidente nacional do PT, Rui Falcão, presente a encontro realizado na noite de domingo no diretório estadual do partido em São Paulo, as manifestações de domingo revelaram vários sinais de que há um golpe em preparação que pretende atacar não só o PT e a entidades com ele identificadas, mas o próprio Estado de Direito e, consequentemente, as garantias individuais. Justiça em risco “Não há mais habeas corpus, promotores se sentem no direito de prender sem provas, testemunhas são pressionadas a fazer delação, o que é uma forma de tortura psicológica, o que torna o momento atual, em parte, uma repetição do que ocorria em 1964”, disse, em referência ao golpe militar que derrubou Jango e instalou uma ditadura de 21 anos. “Por isso, temos de mobilizar todas as nossas energias e nossos militantes para realizarmos um grande ato no dia 18”, conclamou. Para o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, a vaia a políticos de outros partidos, registradas ontem em São Paulo, não devem ser motivo de comemoração. “Isso demonstra que setores que defendem o fim da política estão tendo grande influência nessas manifestações”. Durante toda esta segunda-feira, dia 14, plenárias e encontros estão sendo realizados em diretórios partidários e sedes de sindicatos e entidades do movimento social para organizar as participações no próximo dia 18. Os atos estão sendo convocados pela Frente Brasil Popular. O calendário de atividades será divulgado tão logo sejam definidas. Violência fascista Gilmar Mauro, coordenador do MST e um dos presentes ao encontro de ontem no diretório estadual do PT, lembrou que a defesa da militância deve ser uma das principais preocupações dos organizadores. Ele citou os atos de violência e vandalismo contra a sede da UNE, do PCdoB, da subsede da CUT...11/03/2016
Sindicato fará chamada em rádio e carro de som para denunciar o abuso Trabalhadores de Chapecó estão sendo obrigados a participar do ato organizado pelos patrões para amanhã, sábado, dia 12 – no município a passeata será em data diferente da que está sendo chamada pelas entidades empresariais e partidos da direita para o domingo. Denúncias chegaram ao SINDICOM (Sindicato dos Empregados no Comércio de Chapecó) de que os patrões estão obrigando seus trabalhadores a comparecer na passeata, sob ameaças. Em uma democracia devemos, sim, respeitar o direito à livre manifestação, mas, jamais, admitir este tipo de posicionamento dos patrões. “As pessoas são livres para se manifestar nessa passeata, mas precisam fazer isso conscientes de que estão participando de um ato que defende o fim de vários direitos dos trabalhadores, a terceirização sem limites e o fim de programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o ProUni e o FIES”, lembrou o presidente do SINDICOM Ivo Pereira Moraes. Moraes lembra que o compromisso de qualquer empregado do comércio está no seu local de trabalho e que nenhum patrão pode, de nenhuma forma, exercer pressão para participar de um ato que atende os interesses dos patrões. “Nós vamos não apenas denunciar esse tipo de pressão dos empresários, mas também renovar a ênfase no convite para que os trabalhadores estejam nas ruas no dia 18 de março, aí sim, para defender os interesses da classe trabalhadora, de forma pacífica, sem disseminar o ódio e defendendo seus direitos”, afirmou Ivo...