17/09/2019
Seis centrais sindicais do estado lançaram nesta segunda-feira (16) um manifesto com as principais pautas de defesa e com um calendário de lutas que inicia hoje e vai até dia 24 de setembro Nesta segunda-feira (16), a CUT-SC, junto com outras cinco centrais sindicais de Santa Catarina -CTB, CSB, CSP Conlutas, Intersindical e UGT – lançaram um manifesto com as principais pautas em defesa da classe trabalhadora. Além disso, as centrais também divulgaram um calendário de lutas, que inicia hoje e vai até o dia 24 de setembro. No manifesto, as centrais falam sobre os constantes ataques que o governo Bolsonaro está promovendo contra a Educação, Saúde, Soberania Nacional e Previdência. Leia o manifesto completo: MANIFESTO DA CENTRAIS SINDICAIS DE SANTA CATARINA O Brasil vive um período de trevas. Com o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro os direitos trabalhistas, a democracia, a soberania nacional, o meio ambiente, os empregos, a educação, a saúde e o serviço público estão sendo constantemente atacados. Mais do que nunca é essencial construirmos a unidade da classe trabalhadora e de todas as frentes progressistas e democráticas rumo a uma paralisação nacional para barrarmos a tentativa de destruição do nosso país! Nossa soberania nunca esteve tão ameaçada por um governo que se curva ao imperialismo dos Estados Unidos e está a serviço dos interesses de ruralistas, banqueiros e grandes empresários. Bolsonaro, Mourão e todos seus aliados anunciam a privatização de todas nossas estatais como sendo a solução para a economia do país. Os Correios são o primeiro alvo do governo e em resposta a isso os trabalhadores em todo país entraram em greve no dia 11 de setembro. O projeto deste governo é destruir todas as políticas públicas acabando com os investimentos obrigatórios nas áreas essenciais que sempre garantiram a sobrevivência e qualidade de vida do povo que mais precisa. Os cortes orçamentários na Educação Pública colocam em risco a sobrevivência de diversas instituições de ensino e motivaram grandes mobilizações no último período, protagonizadas pelos trabalhadores da Educação e estudantes. Na última semana, os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciaram uma greve por tempo indeterminado que necessita do apoio de todas as categorias para continuar forte e ser vitoriosa. O governo Bolsonaro também está acabando com o direito universal de acesso à saúde e ameaçando a vida de milhões de brasileiros, por meio desmonte do SUS e da atenção básica. A seguridade social, pilar essencial para garantir a efetividade da dignidade da pessoa humana, será destruída se a Reforma da Previdência, prestes a ser votada no Senado Federal, for aprovada. O dia 20 de setembro está sendo convocado internacionalmente com um dia de Greve Global...06/02/2019
A Reforma da Previdência, que durante todo o governo Temer foi uma preocupação e só não foi aprovada por causa da mobilização da classe trabalhadora, agora volta a ser uma ameaça. Desde a posse, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) apresenta a aprovação do projeto que destruirá a previdência pública como uma prioridade para seu governo. Para preparar a resistência contra a reforma, a CUT de Santa Catarina, junto com as demais centrais – CTB, Intersindical, UGT e CSP Conlutas – e Dieese/SC, realizaram uma plenária nessa terça-feira (5) com o movimento sindical do estado para planejar ações de mobilização em defesa da aposentadoria. A Diretoria Executiva da FECESC participou da Plenária Sindical, que foi realizada no auditório da Federação. Estiveram presentes também os dirigentes do SEEF, Sintrauto-SC e dos Sindicatos dos Comerciários de Florianópolis, São José, Palhoça e Itajaí. “A FECESC e seus sindicatos filiados intensificarão ainda mais sua luta em 2019. É nossa única opção, num momento em que a classe trabalhadora enfrenta o maior ataque dos últimos anos. No primeiro mês de governo já podemos constatar que os trabalhadores e a população pobre são o alvo, com a precarização dos empregos, desvalorização do salário mínimo, ataque à organização sindical e agora essa nova tentativa de acabar com a aposentadoria”, afirmou Francisco Alano, presidente da FECESC. Durante o encontro, o economista e supervisor técnico do Dieese/SC, José Álvaro Cardoso, explicou brevemente as propostas apresentadas pelo governo que, segundo o texto do projeto, obtido pelo Estadão/Broadcast, prevê a obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, cria um sistema de capitalização de “caráter obrigatório” e determina que quem quiser receber 100% do benefício terá de trabalhar 40 anos. José Álvaro falou que existem diversas motivações do governo por trás dessa reforma “Qualquer medida que venha deste governo terá dois eixos principais: a liquidação da soberania nacional e a destruição de direitos do povo. Eles não estão de olho apenas na Previdência, mas na seguridade como um todo, que inclui a saúde e a assistência social, tudo isso para atender ao interesses do capital internacional”. O economista explicou que a privatização da previdência interessa principalmente aos grandes bancos, que ambicionam a grande movimentação de receita da Seguridade Social no Brasil, que representa cerca de R$ 740 bilhões por ano. Organizar a luta em defesa da aposentadoria Na Plenária foram deliberadas diversas ações para mobilizar a classe trabalhadora e barrar a Reforma da Previdência, a principal foi a construção de uma greve geral em defesa da aposentadoria. Para isso, os sindicatos deverão organizar o quanto antes assembleias e reuniões com os trabalhadores para decidirem formas de luta e para alertar os trabalhadores sobre...