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Com Temer, salário médio do comércio é metade do mínimo necessário
29/06/2018
Cálculo leva em conta dados básicos para segmentos como alimentação, habitação e saúde Em campanha salarial ou prestes a inicia-la, muitos sindicatos dos setores de comércio e serviços travarão uma árdua batalha com os patrões para obter aumento real em um período de precarização causada pela reforma trabalhista. Porém, se considerados os números do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a média salarial no setor de comércio deveria ao menos dobrar para conseguir garantir condições mínimas de vida às famílias. De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), índice que verifica os vencimentos por categoria, a média salarial do setor comerciário em 2016, primeiro ano do golpista Michel Temer (MDB) no poder, era de R$ 1.912,93, enquanto o salário básico necessário era de R$ 3.856,23 em 31 de dezembro daquele ano. Já o de serviços era de R$ 3.245,88. É necessário considerar, porém, que este cálculo inclui toda a categoria, inclusive gerentes e diretores de comércio, que acumulam ganhos maiores e acabam por elevar o valor médio salarial, bem diferente do que recebe a maior parte da base. Segundo a Rais, no segmento de comércio, um operador de caixa, por exemplo, ganha em média R$ 1.337,49, enquanto um repositor de mercadoria recebe R$ 1.211,65. Por outro lado, funções como engenheiro naval (R$ 19.600), diretor de risco de mercado (R$ 36.700) e defensor público (R$ 22.500) entram como profissões do setor de serviços. Os números da Rais são divulgados em setembro de cada ano com base no período anterior. Portanto, em setembro de 2018 serão apresentados os números de 2017. Já o cálculo do salário mínimo ideal é feito mensalmente pelo Dieese que leva em conta o valor necessário para atender às necessidades vitais básicas de uma família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social, conforme determina a Constituição Federal de 1988. A família considerada para o cálculo é composta por dois adultos e duas crianças, que por hipótese, consomem como um adulto. Para o presidente da Contracs (Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços) Alci Matos, a Reforma Trabalhista de Temer tende a aprofundar essa diferença e por isso é necessário que as organizações sindicais as combatam na mesa de negociação. “Como fazemos sempre nas campanhas salariais, vamos em busca de aumentos reais e de impedir contratações que precarizem e rebaixem salários e condições de trabalho”, apontou. Expectativa – Para o técnico da subseção do Dieese na Contracs, Rodrigo Silva, a tendência é que o próximo resultado da Rais traga um custo de vida maior e menores salários. “A expectativa é que o número de empregos formais cresça, porque os intermitentes são registrados, mas que a remuneração caia. Mesmo com...
Impasse na negociação coletiva de trabalho dos comerciários de Jaraguá do Sul e Região
23/09/2015
Patrões condicionam o reajuste salarial à abertura do comércio todos os sábados do ano O Sindicato dos Empregados do Comércio de Jaraguá do Sul e Região encaminhou para dissídio, no Ministério do Trabalho, a negociação coletiva de trabalho do setor Varejista. Isso porque não houve acordo entre o Sindicato e o patronal, que condicionou a concessão do reajuste à abertura do comércio em todos os sábados, até as 17horas. A proposta dos patrões causou indignação entre os comerciários e comerciárias. “Não estamos aqui para vender a dignidade dos trabalhadores. Jamais vamos concordar com isso, ou seja, trabalhar mais e ganhar menos”, assegura a presidente do Sindicato, Ana Maria Roeder. Atualmente, o comércio varejista de Jaraguá do Sul e Região pode abrir 10 sábados por ano e três domingos em dezembro. A presidente do Sindicato adverte que os patrões querem mudar as regras “no meio do jogo” e alterar o que já estava sendo discutido. A proposta final da comissão de negociação dos trabalhadores era de assegurar o percentual mínimo de aumento real sobre a inflação do período, que ficou em 9,81%, em uma única parcela. “Agora eles querem vincular o reajuste com mais trabalho para os comerciários. Tenho compromisso com a categoria e isso nós jamais vamos aceitar”, reforça Ana Roeder. Nesta semana os dirigentes sindicais entregarão o informativo para a categoria, nos locais de trabalho, comunicando sobre o impasse nas negociações. Mas, adianta Ana, “ainda existe espaço para negociar, desde que a classe patronal reformule a contraproposta”. A data-base da categoria é 1° de agosto e já foram assinadas as Convenções Coletivas de Trabalho com o patronal de Concessionárias, Atacadista, Óticas, Farmácias e com a rede Cooper de Supermercados. Os trabalhadores em Concessionárias receberam reajuste de 10,1%, elevando o salário de R$ 1.090,00 para R$ 1.200,00. Para quem recebe acima do piso o reajuste foi de 9,85%. Os trabalhadores do setor Atacadista, de Óticas e Farmácias têm salário admissional fixado em R$ 1.034,00, até 90 dias de trabalho, e Normativo de R$ 1.166,00. Para quem recebe acima do Normativo o reajuste é de 9,85%. Para os funcionários do Cooper o reajuste foi de 9,9% e o piso passou de R$ 1.060,00 para R$ 1.165,00.   Fonte: Informa...

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