11/10/2019
Metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre, é eleito para mandato de 4 anos na presidência da CUT. A vice-presidência será ocupada por Vagner Freitas, e Carmen Foro é a primeira mulher eleita para a Secretaria – geral Os delegados e delegadas do 13º Congresso Nacional da CUT “Lula Livre” – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia, elegeram nesta quinta-feira (10), em chapa única, a nova direção Nacional da CUT para o mandato de 2019/2023. Para a presidência da entidade foi eleito por unanimidade o metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre. A vice-presidência será ocupada pelo representante do sindicato dos Bancários, Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Vagner Freitas, presidente por dois mandatos de sete anos. A Secretaria-Geral será comandada pela primeira vez nos 36 anos de CUT por uma mulher, a trabalhadora rural, Carmen Foro. Em seu discurso de posse, Sérgio Nobre agradeceu a todos e todas que participaram do 13º Concut pela qualidade rica dos debates, pelo esforço na construção do Congresso e, em especial, aos sindicatos de base, aos presidentes das CUT’s estaduais e a todos os funcionários da Central que trabalharam meses na organização do congresso. Ele destacou que o período de seu mandato será duro em consequência dos ataques aos direitos que a classe trabalhadora vem sofrendo desde o golpe de 2016, e mais fortemente nos últimos dez meses de governo de Jair Bolsonaro (PSL), que só apresenta propostas de retirada de direitos sociais e trabalhistas e não tem projeto de desenvolvimento econômico, com justiça e inclusão social, e geração de emprego e renda. “Esse Congresso foi realizado numa conjuntura adversa, difícil, que requereu de todas as forças políticas a mais ampla unidade para enfrentar o fascismo neste país. Esta chapa expressa toda a diversidade do país, de raça e entidades. Tem gente do campo, da cidade, de entidades públicas e privadas e LGBTs”, declarou. O novo presidente da CUT lembrou ainda da luta que a Central vem travando nos últimos anos, desde as jornadas de 2013, a dura eleição da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2014, o golpe que veio na sequência e a prisão injusta do ex-presidente Lula, além do papel que desenvolveu para garantir direitos, defender a democracia e pela liberdade de Lula, a quem ele foi visitar na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde é mantido preso político desde abril do ano passado. Sérgio contou que Lula pediu para a CUT chegar mais perto da base, do povo, da população em geral. “Na semana passada fui visitar o presidente Lula e ele me pediu muito para organizar os locais de trabalho, conversar nos bairros com a população. Essa é uma tarefa que temos, de dialogar e trazer o povo de volta...09/10/2019
A ampla defesa da classe trabalhadora está entre as propostas de mudanças na atuação sindical apresentada por dirigentes durante o 13º Concut ACOMPANHE a cobertura completa do congresso no site e redes sociais da CUT Brasil: https://www.cut.org.br/ e https://www.facebook.com/cutbrasil Para combater o neoliberalismo econômico e as perdas de direitos promovidas pelo governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL) é necessário mudar a forma de atuação sindical atual e, além dos que têm carteira assinada, defender também os desempregados, os contratados sem carteira e sem direitos e os informais que não têm quem os represente. “Como diz o Papa Francisco, precisamos ser sentinelas e cuidar também de quem perdeu seus empregos. Se queremos de fato ser a Central dos Trabalhadores não podemos ter a lógica de defender só quem tem carteira assinada. Precisamos cuidar dos desempregados, dos que perderam a dignidade e perderam toda a possibilidade de terem alguma proteção social do Estado”, defendeu a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro. A proposta foi feita durante os debates da mesa “Sindicatos fortes, direitos, soberania e democracia”, formada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, a vice-presidenta da entidade Carmen Foro, o secretário de Relações Internacionais, Antonio Lisboa e pelo ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim. O debate ocorreu nesta terça-feira (8), durante o 13º Congresso Nacional da CUT (Concut), que está sendo realizado na Praia Grande (SP). Nos momentos mais dramáticos para o país e para a classe trabalhadora, quando o Brasil parou para assistir a articulação política, midiática e jurídica do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e colocou em seu lugar um presidente afinado com os empresários e os banqueiros, disposto a tirar direitos sociais e trabalhistas, a CUT foi capaz de dialogar em conjunto com os movimentos sociais, importantes instrumentos para a luta coletiva, como as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, resgatando a verdadeira luta de classes, analisou Carmen Foro. Para a dirigente, é preciso responder no próximo período a uma pergunta chave, quem a CUT vai representar? Ter claro que a disputa a fazer é uma disputa de projeto de Nação e a chave para isso é a defesa das riquezas do país, das estatais, e da democracia. “Defender a democracia é defender a liberdade de Lula, sem tornozeleira, porque Lula é inocente e quem tramou contra ele é que deve ir para a cadeia. Nossa luta também é por soberania, defender a soberania da Amazônia, nossas empresas estratégicas de energia e petróleo. Tudo isto é uma questão de vida e morte, assim como a luta incansável da unidade da classe trabalhadora para a garantia de direitos e para enfrentar a destruição da educação no país que vem sendo feita...08/10/2019
Aos 36 anos, central reúne filiados para tratar de crescimento, democracia e direitos ameaçados A FECESC, entidade que participou ativamente da criação da CUT, participa e participou dessa história de lutas da classe trabalhadora e está presente neste Congresso com sua delegação. O tema “Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia” é certeiro num momento em que sindicatos de todas as categorias, no país inteiro, precisam se unir para formular os caminhos para a resistência e fortalecer a luta dos trabalhadores, principais alvos da política de desmontes e retiradas de direito do governo. As adversidades enfrentadas pelo movimento sindical devem ser o motor para impulsionar a luta fundamental dos trabalhadores e trabalhadoras. ACOMPANHE a cobertura completa do congresso no site e redes sociais da CUT Brasil: https://www.cut.org.br/ e https://www.facebook.com/cutbrasil A CUT surgiu em 1983 em resistência ao autoritarismo, nos últimos anos da ditadura, e se vê agora às voltas com um “neoconservadorismo” simbolizado por Jair Bolsonaro, declarado inimigo dos movimentos sociais e assumido admirador do regime de 1964. Sob essa perspectiva, com um de seus principais fundadores preso e cerrado ataque a direitos, a central realiza desta segunda (7) a quinta-feira (10) o seu 13º congresso nacional, o Concut, em um ginásio de Praia Grande, no litoral sul paulista. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será homenageado. O lema do encontro é “Sindicatos fortes = direitos, soberania e democracia”. “É um lugar simbólico, ali foi o pré-nascimento da CUT”, diz à TVT o secretário-geral da entidade, o metalúrgico Sérgio Nobre, 54 anos, referindo-se a Praia Grande. Foi naquela cidade a menos de 80 quilômetros da capital paulista que ocorreu a 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, a Conclat, em agosto de 1981, reunindo todas as correntes de pensamento do movimento sindical, que se rearticulava após anos de repressão. O Brasil ainda estava sob o governo de João Figueiredo, último dos generais-presidentes, e convivia com instabilidade política. Grupos de extrema-direita não aceitavam o já lento processo de “abertura” política: em 1980, uma bomba matou a secretária Lyda Monteiro da Silva na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro. Em maio do ano seguinte, exatamente o da Conclat, outra bomba explodiu antes do tempo e matou um militar no Riocentro, que realizava um festival de música. Documentos mostram que a própria Conclat foi monitorada por arapongas do regime. Sérgio lembra que, ao longo dos anos, a CUT consolidou o conceito de sindicalismo cidadão, que procura não se ater a questões trabalhistas. E também prevaleceu a ideia da negociação, do diálogo. “Nós somos combativos, vamos para a rua, fazemos greve, mas apresentamos soluções.” Ataque aos sindicatos Agora, na atual conjuntura, os desafios são enfrentar um mundo do...19/10/2015
Direção Nacional da CUT é referendada no último dia do ConCut Na sexta-feira, dia 16, a nova Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores foi eleita pelos delegados e delegadas de todo o país que participavam do 12º Congresso Nacional da CUT (ConCut). A direção eleita comandará a central pelo período de quatro anos, de 2015 a 2019, e tem como principal diferencial a paridade de gênero. A CUT é a primeira Central Sindical a adotar a política que iguala o número de homens e mulheres em sua direção. Entre os secretários e diretores executivos, são 44 nomes, mais a lista de diretores nacionais. A chapa única, que havia sido anunciada no início do mês de outubro, tem representação de todas as correntes políticas e de todos os estados e traz como presidente reeleito, o bancário, Vagner Freitas. Em seu discurso o presidente da CUT, afirmou que a nova direção “reflete a pluralidade da base cutista” e ressaltou que a importância do movimento sindical está no sindicato de base, que é quem lida diretamente com os trabalhadores. “Sem os sindicatos de base, não existiriam trabalhadores organizados e a CUT não existiria”, enfatizou Freitas. Vagner lembrou que estamos na Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, de 14 a 21 de outubro, e reforçou a importância da popularização dos meios de comunicação brasileiros “Aviso à mídia golpista que não haverá democracia enquanto não houver a democratização dos meios de comunicação”. A vice-presidenta reeleita, Carmen Foro, afirmou que a maior vitória dessa nova direção não é apenas a unidade da chapa, mas principalmente a paridade que deu uma cara nova a Central, ao torna-la mais igualitária e plural. Durante o último dia de Congresso também foram votadas e decididas resoluções importantes. O mandato para direção nacional da CUT deixa de ser de três anos e passa a ter a duração de quatro anos. Desta forma, os Congressos Nacionais também passarão a ser realizados a cada quatro anos, sendo que, cada dirigente pode exercer no máximo dois mandatos em uma mesma secretaria e/ou função. Outro diferencial no novo mandato foi a criação das secretarias de Assuntos Jurídicos, de Cultura e de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais. Comércio e serviços representados na CUT O ramo do comércio e serviços conseguiu eleger seis representantes que integrarão a direção da CUT nacional durante o mandato de 2015 a 2019. Eles serão possibilitarão um maior estreitamento de laços junto a nossa Central, além de proporcionarem uma maior visibilidade ao nosso ramo e defenderem os interesses de nossa categoria. O diretor da Contracs, Valeir Hertle, do Sec de Florianópolis, foi eleito Secretário de Assuntos Jurídicos da CUT. A coordenadora da região sul da Contracs, Mara Feltes,...