12/06/2024
O DIEESE de Santa Catarina promoveu, na manhã de terça-feira, 11 de junho, o seminário “Movimento Sindical de Santa Catarina em Defesa dos Direitos e da Democracia”, com palestra dos economistas José Álvaro Cardoso e Crystiane Peres e participação de lideranças sindicais de várias cidades de Santa Catarina. O evento aconteceu na FECESC e serviu para dar subsídios e informações relevantes sobre assuntos polêmicos e que são importantes especialmente nesse momento de pré-eleições municipais. O diretor da FECESC e organizador do seminário, Ivo Castanheira, ao encerrar o evento, lembrou a todos que a situação é difícil, mas salientou que “nunca foi fácil e só permanece no movimento sindical aqueles que sabem e aceitam que a luta é árdua”. Uma análise de conjuntura internacional foi a novidade do debate. De acordo com o economista e palestrante José Álvaro Cardoso a abordagem internacional se faz necessária diante da globalização da política e do aspecto internacionalista do governo Lula e da atuação do Brasil em âmbito mundial. “O Brasil é a oitava economia do mundo e não podemos ignorar esse fato”, exemplifica José Álvaro, que abordou, em sua palestra, quatro assuntos: a crise mundial “econômica, política e militar” do capitalismo; a eleição presidencial no México, segunda economia da América Latina, que elegeu, com 60% dos votos, a candidata governista Cláudia Sheinbaum, primeira mulher a governar aquele país; o genocídio perpetrado pelo exército sionista de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza; e a situação da Argentina, cujo governo anarco-capitalista de destruição do Estado é levado a cabo por Javier Milei, submetendo o povo à fome e ao desemprego. “A indigência na Argentina era de 8% em dezembro do ano passado e hoje está em 18%”, exemplifica o economista. A supervisora técnica do DIEESE/SC, Crystiane Peres, falou sobre as nefastas consequências da política de austeridade praticada em governos anteriores, no Brasil. “Assim como o teto de gastos, são falácias para a possível salvação das crises, servem apenas para a concentração de renda e o aumento da desigualdade social”, criticou. De acordo com Crystiane, no terceiro governo Lula, infelizmente ainda permanecemos sob a ótica das políticas de austeridade, o que gera pobreza e, consequentemente, a desmobilização da classe trabalhadora e o enfraquecimento do movimento sindical, que é a intenção final dos neoliberais. Cristiane projetou dados sobre o desempenho do Salário Mínimo Nacional, que teve forte crescimento, de 2003 até o golpe contra a presidenta Dilma, em 2016, seguido de intensa retração, de 2017 a 2022, com Temer e Bolsonaro (durante o governo deste último, 100 milhões de brasileiros estiveram em insegurança alimentar). Com o novo governo Lula, o Salário Mínimo teve incremento superior a 10%, já no primeiro ano. A supervisora do...Siga-nos
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