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Mulheres da CUT participam de momento histórico na CSA
16/09/2015
Políticas públicas brasileiras, como os direitos das mulheres trabalhadoras domésticas conquistados nos últimos anos, seguindo a convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e conquistas sindicais, como a paridade na Central Única dos Trabalhadores (CUT), no qual metade homens e metade de mulheres assumirão as direções da entidade por todo país, foram contadas para mais de 200 mulheres de 30 países na l Conferência de Mulheres da CSA. A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas é a expressão sindical regional mais importante do continente americano. Fundada em 27 de março de 2008 na Cidade do Panamá, ela filia 53 organizações nacionais de 23 países, que representam mais de 50 milhões de trabalhadores/as. A CSA é a organização regional da Confederação Sindical Internacional (CSI). “A participação da CUT em entidades sindicais internacionais são importantes para unificar e potencializar reivindicações das mulheres. Tanto a CSI, quanto a CSA sempre tiveram papéis importantes nas conquistas de direitos”, explica a Secretaria Nacional de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Rosane Silva. Considerado pelas mulheres um marco para o movimento sindical, a CSA junto com o Comitê das Mulheres Trabalhadoras nas Américas (CMTA) organizaram a I Conferência de Mulheres “Democracia, Autonomia das Mulheres e da Igualdade dos Géneros” na cidade do Panamá entre os dias 9 e 11 de setembro. No encontro foram discutidos temas como: direitos sexuais reprodutivos, igualdade salarial entre homens e mulheres, autonomia no direito de decidir, autonomia das mulheres, democracia, políticas públicas, entre outros, uma troca de informações e propostas. “Mesmo vivendo em países tão diferentes, a gente percebe por meio da conferência que os problemas e conflitos que nós temos no Brasil não são diferentes das mulheres que vivem no México, Argentina, Guatemala, Costa Rica e em toda nossa região. Por isso é através da unidade, da solidariedade das mulheres que a gente vai transformando este mundo tão desigual e tão cruel para nós”, destacou Rosane. A secretária nacional das mulheres trabalhadoras da CUT também explicou que essa conferência foi construída coletivamente na CSA. “Essa conferencia representa pra nós um aprofundamento da nossa auto organização, com o objetivo de que nós mulheres fossemos as produtoras da nossa própria pauta”, conta Rosane Silva. Uma delegação de 10 mulheres da CUT estiveram presentes. Além de Rosane, foram para o encontro: a Secretária-Geral adjunta, Maria Godoi de Farias, Secretária Nacional de Comunicação, Rosane Bertotti, Secretária de Relações do Trabalho, Graça Costa, Secretária de Combate ao Racismo, Maria Julia Reis Nogueira, Secretária de Saúde do trabalhador, Junéia Martins Batista e a Secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, Fátima Veloso, secretária de Relações do Trabalho da CNTSS-CUT; além de dirigentes da Confederações Nacionais dos Trabalhadores em Educação (CNTE-CUT), Selene Michelin e dos...
3 de outubro: Dia Nacional de Mobilização
08/09/2015
Dia 3 de outubro: mobilização nacional. Esta é a primeira ação de massa aprovada pela Frente Brasil Popular, lançada neste sábado, 5 de setembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A Conferência Nacional de lançamento da Frente reuniu mais de 2 mil pessoas, entre lideranças e militantes dos movimentos social e sindical, que lotaram a Assembleia Legislativa. A atividade também contou com a participação de diversos parlamentares, representantes de partidos políticos, economistas e intelectuais que foram saudar a iniciativa. A ideia de se criar uma Frente partiu de militantes dos movimentos populares, sindicais, de juventude, negros e negras, mulheres, LGBT, pastorais, partidos políticos, intelectuais, religiosos e artistas – diante da necessidade de derrotar a ofensiva da direita conservadora e golpista e propor outra política econômica para o País. Crise e seus reflexos A crise política e econômica no Brasil é também reflexo de um processo mundial de crise do modelo capitalista. A política econômica de ajuste fiscal adotada pelo atual governo, e medidas impopulares como a redução de alguns programas sociais, têm dado oportunidade a setores conservadores da direita, que contam com apoio e a blindagem da grande imprensa, a imporem sua agenda de retrocesso e de ataque à democracia. Situações semelhantes acontecem em alguns países da América Latina que passaram por ditaduras militares e conquistaram a democracia. Como um filme que se repete de tempos em tempos, os ataques e tentativas de golpe a governos democráticos-populares evidencia a luta de classes e têm objetivo claro: enfraquecer o poder popular não só no Brasil, mas na América Latina e impor a agenda conservadora derrotada nas urnas. “Queremos construir nessa conferência uma Frente que seja capaz de responder à conjuntura que estamos vivendo”, diz Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT Minas Gerais. “A prioridade dos movimentos hoje é construir de forma conjunta uma luta organizada, porque sozinhos, somos derrotados. Há necessidade, nesse momento, de unificarmos nossas pautas e priorizarmos nossos pontos de convergência. Fomos aprendendo com o tempo a construir pautas convergentes e está Frente é resultado disso”, destaca. Segundo João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, estamos vivendo uma crise econômica e política em que a burguesia tem a sua saída para crise e, para viabilizar o seu programa, que é Estado mínimo, o corte dos gastos sociais e o realinhamento da nossa economia aos Estados Unidos, tem usado todos os dias a imprensa, o Congresso e o poder Judiciário. “Uma parcela reacionária, felizmente minoritária dessa burguesia também acha que a saída da crise é o golpe. E nós da classe trabalhadora, o que apresentamos para sair da crise? Na nossa avaliação, desde as manifestações de março, de abril e no ultimo 20 de...
É tempo de margaridas
17/08/2015
Por Jacy Afonso de Melo, secretário de Organização e Política Sindical da CUT Nacional. As flores coloridas dos ipês quebram a aridez e a secura de Brasília. As cores vibrantes acolhem margaridas brancas, amarelas, rosas, lilases, negras, vermelhas, silvestres, pequenas, grandes. Vindas do campo, das florestas e das águas, milhares e milhares de mulheres ocupam as largas avenidas da capital federal cantando “Olha, Brasília está florida, estão chegando as decididas. Olha, Brasília está florida, é o querer, o querer das Margaridas”. A sociedade brasileira ainda possui arraigados valores sexistas. Persiste quem pense que as mulheres devem ser controladas e vigiadas no cumprimento de papéis sociais de gênero bem definidos e que não seguir padrões de aparência e de comportamento, e funções consideradas apropriadas, pode justificar o uso da violência psicológica e física. Práticas opressivas com base no gênero não combinam com a luta e as conquistas femininas no que diz respeito ao trabalho, à educação, à convivência familiar e social. As mulheres promovem, então, com toda a sua criatividade, manifestações que possam fortalecer outros valores, forjando novos caminhos para a conquista da igualdade. Realizada a partir de 2000, capitaneada por Raimunda Damasceno, com o objetivo chamar a atenção da sociedade e reivindicar novas conquistas para as mulheres do campo, a Marcha das Margaridas é uma ação estratégica promovida pela Contag, Federações e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. A seguir, Carmen Foro, então Secretária da recém-criada Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e hoje vice-presidenta da CUT, assume a tarefa de continuar dando visibilidade à luta das mulheres rurais. Em 2015, a 5ª Marcha das Margaridas é coordenada por Alessandra Lunas, Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, com admirável capacidade organizativa, se consolida como expressivo espaço para as mulheres do campo, da floresta e das águas expressarem suas reivindicações. Nos dias 11 e 12 de agosto de 2015, as Margaridas de todo o país, acreditando no que diz Rosa Luxemburgo: “Quem não se movimenta não sabe as correntes que o prende”, seguem em marcha para fazer o Brasil avançar no combate à pobreza, no enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da soberania alimentar e nutricional, na construção de uma sociedade sem preconceitos de gênero, de cor, de raça e de etnia, sem homofobia e pela superação da intolerância religiosa. A luta também é por políticas públicas que contribuam para um “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, lema motivador da 5ª Marcha das Margaridas. As mulheres do campo, das florestas e das águas exigem outro modelo de desenvolvimento, sustentável e solidário, que incentive as unidades produtivas familiares com capacidade de promover a soberania e a segurança alimentar dos povos; pedem acesso à terra,...

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