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Redes sociais


Pelo não retrocesso
08/06/2016
Por Cida Bento, doutora em Psicologia e coordenadora executiva do Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades (CEERT) É preciso identificar as forças políticas conservadoras e reagir a elas, nas ruas e nas urnas. Parece até que há um objetivo explícito e deliberado de mostrar aos movimentos sociais que eles não contam no cenário político atual. Que seus direitos, conquistados nas ruas, podem ser derrubados com qualquer canetada. Que os órgãos criados para tratar destes direitos podem ser extintos e recriados numa lógica em que se trocam os profissionais e se altera a concepção do órgão, como se fosse uma estrutura burocrática. E a sociedade civil reage. Em diferentes partes do País, mobilizam-se grupos que atuam com gênero, raça, etnia, orientação sexual, meio ambiente, moradia, tortura, violência de estado, acesso à terra e tantos outros temas afeitos aos direitos humanos, denunciando a pauta reacionária e impopular que não para de avançar. Dentre estes grupos, encontram-se os movimentos de mulheres negras, o quilombola, os universitários negros, os religiosos de matriz africana, a juventude negra e periférica, o movimento de mães contra o genocídio dos jovens negros. Eles compõem uma parcela expressiva da sociedade civil brasileira, atenta e mobilizada contra o retrocesso. Esta mobilização tem tido baixa ou nenhuma visibilidade na grande mídia. Mas prolifera nas redes sociais. Provavelmente, o esforço em invisibilizar as expressivas manifestações destes diferentes grupos se deve ao fato de que suas reivindicações escancaram a gravidade do retrocesso em curso. Retrocesso que desconsidera as inúmeras políticas criadas na última década para combater a violência racial e a desigualdade, num dos países mais desiguais do mundo. Isso fere e avilta a democracia. Democratizar os espaços institucionais a partir da relação com a sociedade civil significa assegurar a participação de lideranças reconhecidas e legitimadas neste território. Significa possibilitar a disputa de outras visões de mundo, prospectar sobre que país queremos para nós e nossos descendentes,  que tipo de desenvolvimento almejamos, como vamos lidar com a nossa rica pluralidade cultural e com o meio-ambiente. As decisões, normas, planos e programas que emanam destes lugares institucionais afetam uma gama variada de grupos com trajetórias, identidades, interesses e contribuições diversificadas e impactam seus direitos, muitas vezes conquistados após muita luta, nas ruas. Não podem ser decisões tomadas a partir de premissas e processos viciados, excludentes e anti-democráticos. A participação política e social desses diversos grupos, por si só, questiona a existência de privilégios. O medo do outro se junta ao medo de perder privilégios. E os direitos conquistados ao longo da história são atacados. E muita luta é necessária para estancar o retrocesso. A luta contra o racismo A população negra é “quinhentona” no Brasil e, desde sua chegada, luta...
Santa Catarina presente nas Conferências Conjuntas de Direitos Humanos
29/04/2016
Delegação catarinense participa das 5 Conferências simultâneas realizadas entre 24 e 27 de abril, em Brasília – DF Cerca de 7 mil pessoas deverão participar das cinco conferências temáticas relacionadas à área dos direitos humanos que se realizam em um único espaço, em Brasília, desde o dia 24 até o domingo, dia 27 de abril. As conferências tratam de temas referentes aos direitos da criança e do adolescente, da pessoa idosa, da pessoa com deficiência e de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O objetivo é construir, a partir das discussões, políticas públicas que integrem as demandas específicas de cada grupo e respeitem a diversidade. A 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, que reúne todos os debates, iniciou neste dia 27 e a solenidade de abertura contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e da ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, e do secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili. Com o tema “Direitos Humanos para Todas e Todos: Democracia, Justiça e Igualdade”, a 12ª Conferência segue até sexta-feira (29). O delegado por Santa Catarina à Conferência, Josué Rosário, está representando a FECESC no evento. A delegação catarinense foi eleita na Conferência Estadual de Direitos Humanos, realizada no dia 4 de março, em Lages. Para sua participação no evento, o delegado Josué Rosário, que participa de diversas atividades na área de direitos humanos, confeccionou camisetas que registram o apoio da Federação dos Comerciários, com dizeres como: “FECESC está engajada na defesa dos direitos humanos surdos e surdos cegos, inclusão social direito de todos”. As cinco conferências realizadas são: 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa; 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência; 3ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT e 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos. Você pode saber mais do que aconteceu nas Conferências Conjuntas de Direitos Humanos no site da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República:...
Golpe é principalmente contra os trabalhadores, afirmam sindicalistas
24/03/2016
  Não foi um ato de centrais, mas de sindicatos e sindicalistas, como enfatizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre o evento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment de Dilma Rousseff, na tarde desta quarta-feira (23), em São Paulo. Estavam lá representantes de sete centrais, com o diagnóstico comum de que o movimento para derrubar o governo embute a intenção de acabar ou “flexibilizar” direitos sociais e trabalhistas. “O golpe é contra os trabalhadores”, afirmou Freitas, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela CUT, além dele, estavam a vice, Carmen Foro, e o secretário-geral, Sérgio Nobre, entre outros, além de presidentes de alguns dos maiores sindicatos vinculados à central, como Juvandia Moreira (Bancários de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel (Apeoesp, dos professores da rede estadual paulista), e Rafael Marques (Metalúrgicos do ABC). Da Força Sindical, participaram o secretário-geral, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e Mônica Veloso, da operativa nacional. O presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), defende o impeachment. Juruna disse falar não em nome da central, “mas de vários sindicalistas que entendem que este momento é de garantir a democracia, a Constituição, de Lula assumir o Ministério da Casa Civil, para ele assumir as causas populares”, criticando a tentativa de reforma da Previdência e lembrando do Compromisso pelo Desenvolvimento, firmado no final de 2015 entre sindicalistas e empresários. “Às vezes tomar um tranco é muito bom, porque leva à unidade de ação. Mudanças exigem compromisso de classe, união e, cada vez mais, povo na rua”, afirmou o dirigente. Também participaram do ato, pela Força, o primeiro-secretário, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, o Jorginho. O presidente da UGT, Ricardo Patah, esteve no evento na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, mas quem falou pela central foi o secretário-geral, Francisco Canindé Pegado, que exaltou o ex-presidente. “Se existe um homem capaz de unificar e fazer este país retomar o rumo do crescimento é você, Lula, nosso companheiro, nosso amigo, nosso presidente. Este país precisa de um homem de coragem para fazer a reunificação. Não fuja da raia. Estamos com você”, disse Pegado. O secretário-geral da CSB, Álvaro Egea, identificou um “processo de destruição das conquistas democráticas e do Estado de direito”. Ele criticou o juiz federal Sérgio Moro, procuradores paulistas que pediram a prisão de Lula e parte da mídia: “O que estão fazendo é destruir a nossa democracia. Os trabalhadores são os mais interessados na legalidade democrática”. O presidente da central, Antônio Neto, que comanda o núcleo sindical do PMDB, não participou do...

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